segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Verbo Cósmico ou Espírito Santo: a vibração Aum criativa inteligente





rejilla crística



A designação do “Espírito Santo” como Aum [Om], nas escrituras hindus, denota o seu papel no plano criador de Deus: “a” representa akara, ou vibração criadora;  u” simboliza ukara, vibração preservadora; e “m” refere-se a makara, o poder vibratório de dissolução.


Uma tempestade, bramindo no mar, cria ondas grandes e pequenas, preserva-as por algum tempo e, então, ao aplacar-se, dissolve-as. Assim, Om, ou o Espírito Santo, cria todas as coisas, preserva-as em miríades de formas e, por fim, dissolve-as no seio oceânico de Deus, para que sejam outra vez recriadas – um processo constante de renovação da vida e das formas no contínuo sonho cósmico de Deus.


Assim, o Verbo ou a Vibração Cósmica é a origem de “todas as coisas”: “Sem ele nada do que foi feito se fez”. O Verbo existiu desde os primórdios da criação – foi a primeira manifestação de Deus quando originou o universo, “O Verbo estava com Deus” – impregnado da inteligência reflectida de Deus, a Consciência Crística – “E o Verbo era Deus” – vibrações do Seu próprio e único Ser.


As declarações de São João fazem eco a uma verdade eterna que ressoa em várias passagens dos antigos Vedas: que o Verbo cósmico vibratório (Vak) estava com Deus, o Pai-Criador (Prajapati), no princípio da criação, quando nada mais existia; e que, por intermédio de Vak, foram feitas todas as coisas; e que Vak é o próprio Brahman (Deus).


Na Bhagavad Gita, o Senhor afirma: “Entre as palavras, sou a sílaba Aum” (X:25).

De todas as criações, sou o começo, o fim e também o meio” (X.32).

Eu, o Imutável e Eterno, sustento e permeio todo o cosmos com um simples fragmento de Mim mesmo” (X:42).


Com a compreensão desta verdade, temos a ciência subjacente ao universo e uma base adequada para interpretar estes versículos de São João no contexto da sua referência à vida de Jesus Cristo.


Na mesma linguagem das escrituras característica dos sábios da Índia, São João postula, nos versículos de abertura do seu Evangelho, e numa referência com duplo sentido à reencarnação de Jesus, a divindade do estado Crístico de Jesus como análoga à manifestação Crística Universal de Deus, que surge como Inteligência e Vibração Criadora no nascimento da criação.


Na Índia, os devotos não fazem distinção entre a divindade de Deus no microcosmo da consciência encarnada de um avatar – como no Senhor Krishna, por exemplo -  e a divindade de Deus no macrocosmo da expressão universal.


Da mesma forma, São João fala alegoricamente do Cristo em Jesus como sendo uma e a mesma manifestação Crística na Infinitude (a presença de Deus na criação), sendo esta última a intenção principal de sua menção nestes versículos.





The Second Coming of Christ


Tradução: Blog Texto Meditativo


A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (Extracto: Discurso 1 - João 1:4 - Pág. 16) 
(A Ressurreição do Cristo Interno)
Um revelador comentário sobre os ensinamentos originais de Jesus

Editora: Yogoda Satsanga Society of India/Self-Realization Fellowship

Sri Sri Paramahansa Yogananda





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