Nyako Nakar Sol radiante emanando energia |
E a luz
resplandece nas trevas; e as trevas não a compreenderam (João 1:5)
Trevas - significa ilusão, ignorância. Os conceitos contidos nos
versículos esotéricos de São João
são extremamente bem explicados nas escrituras Sânscritas.
Quando interpretadas com a
iluminação proporcionada pelos mestres
da Índia, descobre-se que estas verdades
são universais e científicas.
As leis espirituais que definem o
funcionamento do universo, e o
lugar do homem nele, são da mais
elevada ciência, sustentando todas
as descobertas científicas; mas como
os cientistas dependem mais dos efeitos
do que das causas últimas, os pronunciamentos espirituais dos sábios são
geralmente descartados como superstição.
Porém, com uma compreensão gradualmente
ampliada, a ciência espiritual e a ciência material descobrem que pisam terreno comum.
Existem duas manifestações da escuridão da ilusão: uma é Maya (*), a ilusão cósmica, “aquilo que mede o Infinito”;
e a outra é Avidya que significa ignorância ou ilusão
individual.
Se alguém vê um elefante movendo-se no ar, seria dito que o que ele está
a ver é uma ilusão ou alucinação; mas para ele a percepção é real. Maya é a hipnose
em massa de Deus pela qual Ele faz com que cada ser
humano acredite na mesma "realidade" ilusória da criação tal como percebida pelos sentidos;
Avidya dá individualidade de forma,
experiência e expressão (dá suporte ao ego ou
pensamento-Eu).
A luz que “resplandece na escuridão” da ilusão da criação é a luz de
Deus. Deus é luz. Na Primeira Epístola de São João (1:5) lemos: “Esta é então a mensagem que Dele ouvimos e a vós
proclamamos: que Deus é luz, e não há Nele trevas nenhumas).
Na Vibração Cósmica criativa
inteligente que saiu da consciência cósmica de Deus, foram estas as Suas duas primeiras expressões de criação manifesta:
o som (o
sagrado Aum ou Amém) e a luz ("No
princípio... Deus disse: 'Faça-se luz '"- Génesis
1:1,3). Unidades de luz divina, mais finas
do que os electrões e outras
partículas subatómicas, são os
tijolos de que a matéria é composta. Todas as coisas visíveis na tela do universo são
correntes diferenciadas da luz cósmica
e as sombras ou "escuridão"
da ilusão.
A luz de Deus brilha na escuridão da ilusão cósmica, mas o homem, em sua percepção,
sofre de duas doenças combinadas que causam cegueira: as limitações dos seus sentidos, ou ignorância ilusória individual,
e a ilusão cósmica.
Devido à limitação dos sentidos, o homem não percebe
o espectro completo até mesmo das manifestações
materiais. Se o poder da visão
fosse aumentado, podia ver todos os tipos de luzes - átomos, electrões, fotões, auras vibratórios
- dançando ao seu
redor. Se o poder da audição
fosse suficientemente aumentado, podia ouvir o zumbido dos átomos, os planetas no seu curso em torno do sol,
a explosão de estrelas, fazendo
um tremendo estrondo em todo o universo.
Poder-se-ia sentir todo o universo pulsando com vida. Mas nenhuma das mais finas e elevadas vibrações pode ser sentida, excepto num grau limitado com o auxílio de delicados instrumentos super sensoriais. "Escuridão" denota essa limitação, porque produz a ilusão de confinamento da consciência.
Poder-se-ia sentir todo o universo pulsando com vida. Mas nenhuma das mais finas e elevadas vibrações pode ser sentida, excepto num grau limitado com o auxílio de delicados instrumentos super sensoriais. "Escuridão" denota essa limitação, porque produz a ilusão de confinamento da consciência.
A própria luz do sol é considerada escuridão,
porque é uma parte deste mundo físico de dualidade; a sua corpulência, também, esconde
a luz maior de Deus. Apenas nos estados de
êxtase espiritual transcendente
não existe a dualidade de dia e noite, de luz e trevas, mas só a luz de Deus.
Logo atrás da escuridão dos olhos fechados em meditação
brilha o esplendor de Deus.
O homem está cego pelas
relatividades da vida. Sem a ajuda de luz física ele vê escuridão. Mas
para além dessa escuridão está uma
outra luz que permeia o mundo.
Escondida atrás do éter do espaço está a tremenda luz do mundo astral, dando a vida e energia que sustenta
todo o universo. Os raios de aurora
dos vitatrons astrais
são um ectoplasma espiritual em torno de todo
o Cosmos. Fora da luz astral,
Deus está criando planetas e universos. Eu
estou nessa luz o tempo todo, eu vejo tudo brilhando com essa essência celeste - toda a manifestação
física emana dessa luz astral,
e essa luz emana da manifestação criativa de Deus como Luz.
Se você visse a Deus agora, iria vê-lo como uma massa de luz cintilante
sobre todo o universo. Quando fecho os meus olhos em êxtase tudo se funde
nessa grande luz. Não é imaginação; é sim a percepção da Única Realidade do ser. Nesse estado, tudo
o que é visto vai acontecer;
essa é a prova da
realidade dessa Luz Omnipresente de
todos os devires.
O homem está tão embriagado de ilusão, que oblitera
a sua verdadeira percepção de modo que a escuridão da sua ignorância não pode apreender a luz de Deus vibrando em todo o lado. Tanto a ilusão cósmica
(maya) como a ilusão individual
ou ignorância (avidya), trabalham juntos para assim obscurecer e confundir o sentido inerente e intuitivo da alma, da omnipresença de Deus. Na meditação, essa
escuridão da dependência sensorial
vai embora e a intuição prevalece, revelando a pessoa como luz na
magnitude de todo
um universo de luz.
ॐ
(*) Maya - o Medidor Mágico cósmico, que
produz a ilusão de divisão de uma porção do Infinito Indivisível em objectos
finitos separados, do mesmo modo que um oceano calmo se torna distorcido em
ondas individuais à sua superfície pela acção de uma tempestade. Toda a criação
não é senão Espírito, aparentemente e temporariamente diversificado através da
actividade vibratória criativa do Espírito.
ॐ
The Second Coming of Christ
Tradução: Blog Texto Meditativo
A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (Extracto: Discurso 1 - Pág. 18)
(A Ressurreição do Cristo Interno)
Um revelador comentário sobre os ensinamentos originais de Jesus
Editora: Yogoda Satsanga Society of India/Self-Realization Fellowship
Sri Sri Paramahansa Yogananda
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