domingo, 30 de junho de 2013

Significado de "Verbo"


Vibração Cósmica, Verbo, Om (Aum) ou Ámen


1:1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
1:2 Ele estava no princípio com Deus.
1:3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
1:4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.

(João 1:1-4)



“Verbo” significa vibração inteligente, energia inteligente, emanando de Deus. A pronúncia de qualquer palavra, como “flor”, expressa por um ser inteligente, consiste em energia sonora ou vibração, mais o pensamento que impregna essa vibração de um significado inteligente. De forma semelhante, o Verbo, que é o princípio e a fonte de todas as substâncias criadas, consiste na Vibração Cósmica (Espírito Santo) impregnada da Inteligência Cósmica (Consciência Crística).


O pensamento da matéria, a energia de que se compõe a matéria e a própria matéria – todas as coisas – são apenas diferentes vibrações de pensamento do Espírito, tal como um homem que nos seus sonhos cria relâmpagos e nuvens, pessoas nascendo ou morrendo, amando ou lutando, experimentando calor ou frio, prazer ou dor. Num sonho, nascimentos e morte, enfermidades e doenças, sólidos, líquidos, gases são apenas pensamentos vibratoriamente diferentes do sonhador. Este universo é uma projecção do filme do sonho vibratório dos pensamentos de Deus na tela do tempo e espaço e consciência humana.



O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”: Antes da criação, há apenas o Espírito não diferenciado. Ao manifestar a criação, o Espírito torna-se Deus-Pai, Filho, e Espírito Santo.
Assim que o Espírito evolveu um pensamento vibratório cósmico, através da acção do poder cósmico mágico medidor (*) de maya, ilusão, o Espírito Não Manifestado tornou-Se Deus-Pai, Aquele que dá origem a toda a vibração criadora. Deus-Pai, nas escrituras hindus, denomina-se Ishvara (o Governante Cósmico) ou Sat (a suprema e pura essência da Consciência Cósmica) – a Inteligência Transcendente. Quer dizer, Deus-Pai existe transcendentalmente, não afectado por qualquer tremor da criação vibratória – uma Consciência Cósmica independente e consciente.


A força vibratória que emana do Espírito, dotada do poder criador ilusório de maya, é o Espírito Santo: a Vibração Cósmica, o Verbo, Om (Aum) ou Ámen. Todas as coisas, todos os planetas e seres vivos criados no Espírito Santo, ou Vibração Santa, não são senão a imaginação de Deus cristalizada. Nas escrituras hindus, o Espírito Santo é Aum ou Maha-Prakriti (Grande Natureza, a Mãe Cósmica que dá à luz toda a criação); a estrutura da matéria, o seu tecido ou material, também é conhecido pelos cientistas, em menor escala, como vibração cósmica.


Isto diz o Ámen [o Verbo, Aum], a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus
Revelação 3:14


O Som Cósmico sagrado Aum(**) ou Ámen é a testemunha da Presença Divina manifestada em toda a criação.





(*) A palavra sânscrita maya (ilusão cósmica) significa “a medidora”: o poder mágico na criação, pelo qual limitações e divisões estão aparentemente presentes no Imensurável e Indivisível.


(**) Aum dos Vedas tornou-se a palavra sagrada Hum dos Tibetanos, Amin dos Muçulmanos, e Amen dos Egípcios, Gregos, Romanos, Judeus, e Cristãos. O significado de Ámen em Hebreu é “certo, fiel”.


 
 

The Second Coming of Christ 
Tradução: Blog Texto Meditativo 

A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (Discurso 1 - Pág.8)
(A Ressurreição do Cristo Interno)
Um revelador comentário sobre os ensinamentos originais de Jesus

 Editora: Yogoda Satsanga Society of India/Self-Realization Fellowship


Sri Sri Paramahansa Yogananda



O Espírito Único: fonte de toda a Criação


de Nyako Nakar
YO SOY
Nyako Nakar




No princípio…” Com estas palavras têm início as cosmogonias tanto do Antigo como do Novo Testamento. “Princípio” refere-se ao surgimento da criação finita, pois no Absoluto Eterno – o Espírito – não há princípio nem fim.


No tempo em que o espectro de nenhuma nebulosa deslizava ainda no corpo do espaço, em que nenhum planeta bebé com olhos de fogo abria os seus olhos no berço do espaço, em que nenhum rio de estrelas corria através das extensões de espaço infinito, em que o oceano do espaço estava despovoado, inabitado por universos interiores, em que o sol e a lua e famílias planetárias não nadavam no espaço, em que a pequena bola da Terra com as suas casas de bonecas e diminutos seres não existia, em que nenhum objecto de nenhuma natureza tinha nascido – o Espírito existia.
Este Absoluto Não-Manifestado não pode ser descrito senão que Ele era o Conhecedor, o Conhecimento, e o Conhecido existindo como Um.
N’Ele o ser, Sua consciência cósmica e Sua omnipotência, tudo era sem diferenciação: Espírito sempre-existente, sempre-consciente, sempre de renovada alegria.


Nesta Sempre-Nova Bem-Aventurança, não havia nem espaço ou tempo, nem concepção dual ou lei de relatividade; tudo o que era, é, ou será existia como Único Espírito Não-Diferenciado. Espaço e tempo e relatividade são categorias dos objectos; assim que um ser humano vê um planeta pendurado no céu, concebe que ele está a ocupar espaço dimensional e existindo no tempo, em relação ao seu lugar no universo. Mas quando não havia objectos finitos da criação, também não havia as dimensões de ser que os definem, apenas o Espírito Bem-Aventurado.


Quando, de onde e porquê veio a criação à existência? Quem terá a ousadia de ler a Mente do Infinito procurando causas no Não-Causado, inícios no Sempre-Existente, razões insignificantes na Omnisciência? Mortais audaciosos prosseguem as suas pesquisas, enquanto sábios entram nessa Mente e voltam para afirmar com simplicidade sem adornos que o Um recreou um desejo sem desejo de desfrutar da Sua Bem-Aventurança através de muitos, e assim nasceu o cosmos e os seus seres. O Espírito Não-Manifestado sentiu “Eu estou só. Eu sou Bem-Aventurança consciente, mas não há ninguém para provar a doçura do Meu Néctar de Alegria”. Logo que Ele assim sonhou, Ele tornou-se muitos.


Em fantasia poética, escrevi uma narração deste devaneio cósmico:

“O Espírito era invisível, existindo sozinho na casa da Infinitude. Ele tocava para Si próprio a sempre-nova, sempre-envolvente canção de perfeita e beatífica Bem-Aventurança. Ao cantar para Si próprio através da Sua voz de Eternidade, Ele Se perguntou se alguma coisa além d’Ele mesmo estava ouvindo e apreciando a Sua canção. Para Seu espanto intencionalmente imposto, Ele sentiu a Sua solidão: Ele era a Canção Cósmica, Ele era o Canto, e Ele era o Solitário Desfrutador. Logo que Ele assim pensou, eis, Ele tornou-se dois: Espírito e Natureza, Homem e Mulher, Positivo e Negativo, Estame e Pistilo das flores, Pavão e Pavoa, Gema Masculina e Gema Feminina.”


O Espírito, sendo a única Substância existente, não tinha nada além de Si mesmo com o qual criar. O Espírito e a Sua criação universal não podiam ser essencialmente diferentes, pois mediante duas Forças Infinitas sempre-existentes, cada uma seria consequentemente absoluta, o que é por definição uma impossibilidade. Uma criação ordenada requer a dualidade de Criador e criado. Assim, o Espírito primeiro deu origem a uma Ilusão Mágica, Maya, o Medidor Mágico cósmico, que produz a ilusão de divisão de uma porção do Infinito Indivisível em objectos finitos separados, do mesmo modo que um oceano calmo se torna distorcido em ondas individuais à sua superfície pela acção de uma tempestade. Toda a criação não é senão Espírito, aparentemente e temporariamente diversificado através da actividade vibratória criativa do Espírito.





The Second Coming of Christ
 
Tradução: Blog Texto Meditativo 

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Sri Sri Paramahansa Yogananda



domingo, 23 de junho de 2013

Encarnações Divinas: Emissários de Deus





Sat Guru [Verdadeiro Mestre] Indian Jesus - Arte de Sebastian Malieckal




Num universo inescrutável, criado pela omnipotência de Deus, imbuído da essência omnisciente da Sua Omnipresença, confrontar-se com uma vida de mistérios não solucionados e insolúveis seria, na verdade, um desafio avassalador para meros mortais, não fossem os emissários divinos que vêm à Terra falar com a voz e a autoridade de Deus, para orientação do homem.


Há milénios, nas remotas idades superiores na Índia, os rishis proclamaram a manifestação da Beneficência Divina, do “Deus connosco”, como encarnações divinas, avatares: Deus encarnado na Terra em seres iluminados. O Espírito imutável, eterno e omnipresente, não tem uma forma corpórea nem celestial chamada Deus. Nem concebe, como o Senhor Deus Criador, uma forma na qual Ele depois Se digna habitar entre as suas criaturas. Ele Se faz conhecido através da divindade em instrumentos dignos. Muitas são as vozes que serviram de intermediários entre Deus e o homem: os avatares khanda, ou encarnações parciais em almas que conhecem Deus. Menos comuns são os avatares purna, seres libertos que se unificaram totalmente com Deus; o seu retorno à Terra visa cumprir uma missão designada por Deus.


Na sagrada Bíblia Hindu, a Bhagavad Gita, o Senhor declara:
"Sempre que a virtude declina e o vício predomina, Eu Me encarno como Avatar. Apareço em forma visível, era após era, para proteger os virtuosos e destruir a prática do mal, a fim de restabelecer a justiça.” (IV:7-8)


A mesma e única gloriosa consciência infinita de Deus, a Consciência Crística Universal, Kutastha Chaitanya, assume roupagens familiares na individualidade de uma alma iluminada, agraciada com uma personalidade peculiar e de uma natureza divina adequadas à época e ao propósito dessa encarnação.


Sem tal intercessão do amor de Deus – que vem à Terra no exemplo, na mensagem, e na mão orientadora de Seus avatares – seria praticamente impossível para a humanidade, em sua busca tacteante, encontrar o caminho para o reino de Deus, em meio ao sombrio miasma da ilusão mundana, que é o substrato cósmico da morada do homem. A fim de que Seus filhos, envoltos em trevas, não se percam para sempre nos labirintos enganosos da criação, o Senhor vem, muitas vezes, na forma de profetas divinamente iluminados, para aclarar o caminho.


A intercessão divina para mitigar a lei cósmica de causa e efeito (karma), pela qual o homem sofre por causa dos seus erros, estava no âmago da missão de amor que Jesus veio cumprir.
Jesus veio para demonstrar o perdão e a compaixão de Deus, cujo amor nos protege até mesmo da rigorosa lei.


O Bom Pastor de almas abriu seus braços a todos, a ninguém rejeitando, e com amor universal incitou o mundo a segui-lo no caminho da libertação, por meio do exemplo de seu espírito de sacrifício, renúncia, perdão, amor tanto pelos amigos quanto pelos inimigos e, acima de tudo, supremo amor por Deus.


Como um pequenino bebé na manjedoura de Belém e como o salvador que curava os doentes, ressuscitava os mortos e aplicava o bálsamo do amor sobre as chagas dos erros, o Cristo em Jesus viveu entre os homens como um deles, para que também eles pudessem aprender a viver como deuses.





The Second Coming of Christ
 
Tradução: Blog Texto Meditativo

A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (Discurso 1 - Pág.3)
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