O Espírito, sendo a única Substância existente, não
tinha nada além de Si mesmo com o qual criar. O Espírito e a Sua criação
universal não podiam ser essencialmente diferentes, pois mediante duas Forças
Infinitas sempre-existentes, cada uma seria consequentemente absoluta, o que é
por definição uma impossibilidade. Uma criação ordenada requer a dualidade de
Criador e criado. Assim, o Espírito primeiro deu origem a uma Ilusão Mágica,
Maya, o Medidor Mágico cósmico, que produz a ilusão de divisão de uma porção do
Infinito Indivisível em objectos finitos separados, do mesmo modo que um oceano
calmo se torna distorcido em ondas individuais à sua superfície pela acção de
uma tempestade. Toda a criação não é senão Espírito, aparentemente e
temporariamente diversificado através da actividade vibratória criativa do
Espírito.
ॐ
The Second Coming of Christ
Tradução: Blog Texto Meditativo
A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (Discurso 1 - Pág.8)
(A Ressurreição do Cristo Interno)
Um revelador comentário sobre os ensinamentos originais de Jesus
Editora: Yogoda Satsanga Society of India/Self-Realization Fellowship
Sri Sri Paramahansa Yogananda
“No princípio…” Com estas palavras têm início
as cosmogonias tanto do Antigo como do Novo Testamento. “Princípio” refere-se
ao surgimento da criação finita, pois no Absoluto Eterno – o Espírito – não há
princípio nem fim.
No tempo em que o espectro de nenhuma nebulosa
deslizava ainda no corpo do espaço, em que nenhum planeta bebé com olhos de
fogo abria os seus olhos no berço do espaço, em que nenhum rio de estrelas
corria através das extensões de espaço infinito, em que o oceano do espaço
estava despovoado, inabitado por universos interiores, em que o sol e a lua e
famílias planetárias não nadavam no espaço, em que a pequena bola da Terra com
as suas casas de bonecas e diminutos seres não existia, em que nenhum objecto
de nenhuma natureza tinha nascido – o Espírito existia.
Este Absoluto Não-Manifestado não pode ser descrito senão que Ele era o Conhecedor, o Conhecimento, e o Conhecido existindo como Um.
N’Ele o ser, Sua consciência cósmica e Sua omnipotência, tudo era sem diferenciação: Espírito sempre-existente, sempre-consciente, sempre de renovada alegria.
Este Absoluto Não-Manifestado não pode ser descrito senão que Ele era o Conhecedor, o Conhecimento, e o Conhecido existindo como Um.
N’Ele o ser, Sua consciência cósmica e Sua omnipotência, tudo era sem diferenciação: Espírito sempre-existente, sempre-consciente, sempre de renovada alegria.
Nesta Sempre-Nova Bem-Aventurança, não havia nem
espaço ou tempo, nem concepção dual ou lei de relatividade; tudo o que era, é,
ou será existia como Único Espírito Não-Diferenciado. Espaço e tempo e
relatividade são categorias dos objectos; assim que um ser humano vê um planeta
pendurado no céu, concebe que ele está a ocupar espaço dimensional e existindo
no tempo, em relação ao seu lugar no universo. Mas quando não havia objectos
finitos da criação, também não havia as dimensões de ser que os definem, apenas
o Espírito Bem-Aventurado.
Quando, de onde e porquê veio a criação à existência?
Quem terá a ousadia de ler a Mente do Infinito procurando causas no Não-Causado,
inícios no Sempre-Existente, razões insignificantes na Omnisciência? Mortais
audaciosos prosseguem as suas pesquisas, enquanto sábios entram nessa Mente e
voltam para afirmar com simplicidade sem adornos que o Um recreou um desejo sem
desejo de desfrutar da Sua Bem-Aventurança através de muitos, e assim nasceu o
cosmos e os seus seres. O Espírito Não-Manifestado sentiu “Eu estou só. Eu sou
Bem-Aventurança consciente, mas não há ninguém para provar a doçura do Meu
Néctar de Alegria”. Logo que Ele assim sonhou, Ele tornou-se muitos.
Em fantasia poética,
escrevi uma narração deste devaneio cósmico:
“O Espírito era invisível, existindo sozinho na casa
da Infinitude. Ele tocava para Si próprio a sempre-nova, sempre-envolvente
canção de perfeita e beatífica Bem-Aventurança. Ao cantar para Si próprio
através da Sua voz de Eternidade, Ele Se perguntou se alguma coisa além d’Ele
mesmo estava ouvindo e apreciando a Sua canção. Para Seu espanto
intencionalmente imposto, Ele sentiu a Sua solidão: Ele era a Canção Cósmica,
Ele era o Canto, e Ele era o Solitário Desfrutador. Logo que Ele assim pensou,
eis, Ele tornou-se dois: Espírito e Natureza, Homem e Mulher, Positivo e
Negativo, Estame e Pistilo das flores, Pavão e Pavoa, Gema Masculina e Gema
Feminina.”
ॐ
The Second Coming of Christ
Tradução: Blog Texto Meditativo
A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (Discurso 1 - Pág.8)
(A Ressurreição do Cristo Interno)
Um revelador comentário sobre os ensinamentos originais de Jesus
Editora: Yogoda Satsanga Society of India/Self-Realization Fellowship
Sri Sri Paramahansa Yogananda
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