Oh, Arunachala! Consumido por intensa devoção quando entrei em Ti como meu refúgio, Tu permaneceste imaculada! |
ARUNACHALA AKSHARAMANAMALAI
Grinalda de noivado de poemas para Arunachala - Poema 59
ॐ
Fonte:
Why are compassion and ahiṁsā necessary in a dream?
Michael James
http://happinessofbeing.blogspot.pt/2015/01/why-are-compassion-and-ahimsa-necessary.html
Why are compassion and ahiṁsā necessary in a dream?
Michael James
http://happinessofbeing.blogspot.pt/2015/01/why-are-compassion-and-ahimsa-necessary.html
Domingo, 11 Janeiro 2015
No último vídeo que carregou no You Tube, fala sobre ser vegetariano, e pastelarias, e assinar petições. Estou confuso neste ponto. Muito é dito acerca deste estado de vigília ser exactamente como o nosso estado de sonho, o que importa o que comemos, ou vestimos, ou onde são feitas as nossas roupas? Se em sonho estou a comer um frango, uma cenoura ou o pára-choques dum carro nada disso importa. Ao acordar percebo que é apenas um sonho todo criado pela minha mente. Não há nenhum rapaz a fazer trabalho escravo numa confecção quando acordo certo? Então por que razão o estado de vigília é diferente?
O que se segue é uma adaptação da longa resposta que lhe escrevi, e também de respostas mais curtas que dei aos dois e-mails posteriores:
1. Um sonho parece ser real, enquanto o estamos a experienciar
2. Como responder ao sofrimento visto num sonho?
3. Acordar de um sonho é a única solução para todo o sofrimento que vemos nele
4. A auto-investigação é o único meio pelo qual podemos acordar deste sonho
5. Até acordarmos deste sonho devemos evitar causar dano a outrem
6. Não devemos ser demasiado preocupados com injustiças ou outros assuntos
mundanos
7. Enquanto a nossa mente está voltada para fora devemos preocupar-nos com
o bem-estar dos outros
8. Para manter nosso ego sob controlo devemos ser vigilantes, auto-atentos
9. Quem é responsável pela criação deste mundo?
10. Apenas em absoluto silêncio podemos experienciar o que realmente somos
1. Um sonho parece real enquanto o estamos a experienciar
Você diz: "Se em sonho estou a comer um frango, uma cenoura ou o pára-choques dum carro nada disso importa. Ao acordar percebo que é apenas um sonho todo criado pela minha mente". Sim, nada disso importa depois de acordar, mas enquanto você está a sonhar importa.
Suponha que sonha que está a ser comido por uma galinha. Está deitado impotente, incapaz de se mover, enquanto uma galinha o está bicando ferozmente arrancando a sua carne. Assim como as pessoas apreciam as asas e o peito dum frango quando o estão a comer, esta galinha aprecia a carne dos seus braços e peito, e está a arrancá-la impiedosamente dos seus ossos.Enquanto você estava a ter tal sonho, e a sentir toda a dor e medo que tal experiência implicaria, isso não importaria para si? Não lutaria freneticamente para escapar de uma tal situação?
Ao fim de algum tempo iria acordar e descobrir que era um sonho, e então deixaria de ter importância para si (embora durante algum tempo pudesse permanecer uma lembrança desagradável), mas enquanto estava realmente a experienciar essa dor e medo no seu sonho, isso importava muito para si. A razão por que então importava é que enquanto estamos a vivenciar um sonho ele parece-nos ser real.
No sonho experienciamos um corpo sonhado como sendo nós mesmos, e portanto uma vez que nós somos reais experienciamos esse corpo como se fosse real. E uma vez que esse corpo é uma parte do mundo que então experienciamos, esse mundo também parece ser real. Ou seja, a partir de nós mesmos (que de facto somos a única realidade), estendemos o nosso senso de realidade para qualquer corpo que experienciamos como nós mesmos, e via esse corpo estendemos o nosso senso de realidade para o mundo, do qual esse corpo é uma pequena parte.
Portanto, tudo o que experimentamos num sonho parece-nos real naquele momento, e o mesmo ocorre no estado de vigília. Nós agora experienciamos um corpo como nós mesmos, por isso estendemos o nosso senso de realidade a partir de nós mesmos para este corpo, e através deste corpo para o mundo que nos rodeia. Embora agora possamos suspeitar de que esta vida de vigília é apenas um sonho, e embora portanto possamos duvidar de que o nosso corpo e este mundo são reais, não podemos contudo deixar de os experienciar como reais enquanto estamos neste estado.
2. Como responder ao sofrimento visto num sonho?
Vamos supor que esta vida de vigília é na realidade apenas um sonho (como Sri Ramana nos diz que é). Neste sonho vemos muita gente (ambos humanos e não-humanos), e todas essas pessoas nos parecem ser reais, e portanto as alegrias e os sofrimentos que os vemos experimentar também nos parecem reais. Se um amigo ou parente querido está a sofrer dor intensa com cancro terminal, não vamos tentar consolá-lo dizendo: "és apenas parte do meu sonho, então tu e o teu sofrimento são apenas uma criação da minha mente, e portanto o teu sofrimento não importa". Quando alguém que amamos está a sofrer, nós sofremos ao ver ou até ao pensar no seu sofrimento. Mesmo se nós dizemos a nós mesmos que tudo isto é um sonho, não podemos evitar de sentir dor quando os vemos sofrer.
Portanto, quer este estado de vigília seja real ou apenas um sonho, uma vez que o experimentamos, todas as pessoas que vemos nele nos parecem reais, e portanto o seu sofrimento deve importar-nos. Podem ser criações da nossa mente, mas se são, assim também é a pessoa que nós agora experienciamos como nós mesmos. Se Michael é uma criação da sua mente, assim também é Jim. Michael e qualquer outra pessoa com quem se cruzar são tão reais (ou tão irreais) como Jim.
Se Jim sofrer uma dor quer física quer emocional, certamente que isso lhe importa, desde que experiencie a si mesmo como Jim. Se Jim está com dor intensa, você sente "eu estou com dor intensa", e apesar de o dizer a si mesmo que tudo isso é um sonho o poder ajudar a suportá-la, todavia sente essa dor intensa, e está ansioso por ser aliviado dela. Porque agora experiencia a si mesmo como Jim, ele e tudo o que ele experiencia parece-lhe a si que é real, portanto estendeu o seu senso de realidade a partir de si para Jim e tudo o que ele experiencia. Porque Jim lhe parece ser real, todas as outras pessoas que vê neste mundo também parecem ser reais, portanto, assim como o sofrimento de Jim importa para si, o sofrimento de qualquer outra pessoa (seja humana ou não-humana) deve também importar para si.
3. Acordar de um sonho é a única solução para todo o sofrimento que vemos nele
Claro que, se tudo isso é o seu sonho, a melhor solução para todo o sofrimento que vê neste sonho, é acordar. Mas você ainda não acordou, e a razão de ainda não ter acordado é que ainda está muito ligado ao Jim, por isso não está disposto a abandonar a experiência "Eu sou Jim". Portanto, enquanto está apegado a esta pessoa chamada Jim, este sonho continua até que seja forçosamente terminado pela morte de Jim (após o que ou se recolherá temporariamente no sono em que este sonho ocorreu, ou começará de imediato a sonhar algum outro sonho). Se quiser terminar este sonho mais cedo - e ao mesmo tempo terminar o sono no qual ele e todos os seus outros sonhos ocorrem - deve investigar quem sou eu que agora me experiencio como Jim.
Quando se experiencia a si mesmo como Jim, essa auto-consciência prisioneira-de-adjuntos "Eu sou Jim" é o que é chamado de ego, como Sri Ramana diz no versículo 26 de Uḷḷadu Nāṟpadu:
அகந்தையுண் டாயி னனைத்துமுண் டாகுமகந்தையின் றேலின் றனைத்து — மகந்தையேயாவுமா மாதலால் யாதிதென்று நாடலேயோவுதல் யாவுமென வோர்.
ahandaiyuṇ ḍāyi ṉaṉaittumuṇ ḍāhumahandaiyiṉ ḏṟēliṉ ḏṟaṉaittu — mahandaiyēyāvumā mādalāl yādideṉḏṟu nādalēyōvudal yāvumeṉa vōr.
பதச்சேதம்: அகந்தை உண்டாயின், அனைத்தும் உண்டாகும்; அகந்தை இன்றேல், இன்று அனைத்தும். அகந்தையே யாவும் ஆம். ஆதலால், யாது இது என்று நாடலே ஓவுதல் யாவும் என ஓர்.
Padacchēdam (separação das palavras): ahandai uṇḍāyiṉ, aṉaittum uṇḍāhum; ahandai iṉḏṟēl, iṉḏṟu aṉaittum. ahandai-y-ē yāvum ām. ādalāl, yādu idu eṉḏṟu nādal-ē ōvudal yāvum eṉa ōr.
Se o ego vem à existência, tudo vem à existência; se o ego não existe, tudo não existe. [Por isso] o próprio ego é tudo. Portanto, saiba que apenas investigar o que este [ego] é, é desistir de tudo.
Até investigarmos e descobrirmos o que esse "Eu" é que agora parece estar mascarado como "Eu sou Jim" ou "Eu sou Michael", não podemos desistir de tudo o mais, por isso vamos continuar a ser apegados a tudo que experienciamos como "eu" ou "meu".
Enquanto estamos a experienciar um sonho, apenas dizendo a nós mesmos que é um sonho, não é uma solução para todo o sofrimento que vemos nele. A única solução é acordar, e a única maneira de acordar de tal forma que nunca mais voltamos a sonhar é investigar a nós mesmos, o "eu" que está a experienciar este sonho.
4. A auto-investigação é o único meio pelo qual podemos acordar deste sonho
Até estarmos dispostos a desistir inteiramente do nosso apego à pessoa que agora experienciamos como nós mesmos (o que implica também desistir do nosso apego a tudo o mais que experienciamos como resultado de experienciar 'eu sou esta pessoa'), não seremos capazes de experienciar a nós mesmos como realmente somos, e portanto vamos continuar a sonhar um sonho após outro, e tudo o que experienciamos em qualquer desses sonhos nos parecerá ser real naquele momento. Portanto devemos desistir do nosso apego a qualquer pessoa que experimentamos como "eu", e o único meio eficaz para desistir desse apego fundamental é investigar quem eu realmente sou.
Quanto mais perseverarmos em investigar a nós mesmos - ou seja, tentando experienciar o que este "eu" na verdade é ao prestarmos atenção apenas a nós mesmos - mais claramente vamos experienciar a nós mesmos como algo que é distinto e independente de qualquer dos adjuntos que agora confundimos serem nós mesmos, e assim o nosso apego à pessoa que agora experienciamos como sendo nós mesmos será gradualmente enfraquecido, até que finalmente estaremos dispostos a renunciar a esse apego inteiramente. Só então seremos capazes de experienciar a nós mesmos como realmente somos, imediatamente após o que este sonho será dissolvido juntamente com o sono da auto-ignorância em que ele e todos os outros sonhos ocorreram.
5. Até acordarmos deste sonho devemos evitar causar dano a outrem
Até experienciarmos o que realmente somos e assim acordarmos do sono da auto-ignorância que está subjacente e suporta este e todos os outros sonhos, vamos continuar a experienciar este sonho ou algum outro sonho, e tudo o que experienciarmos em qualquer desses sonhos irá parecer-nos ser real enquanto esse determinado sonho estiver a decorrer. Portanto, embora o nosso principal objectivo deva ser o de experienciar a nós mesmos como realmente somos aqui e agora, até que sejamos capazes de o fazer temos de viver em cada sonho como se fosse real. Por outras palavras, embora devêssemos estar interiormente investigando a nós mesmos tanto quanto podemos, externamente temos que agir neste mundo como se ele fosse real.
Tentar agir neste mundo como se fosse irreal é fútil e sem sentido, porque as nossas acções e a pessoa que sente "Eu estou a fazer estas acções", fazem todas parte deste mundo. Como esta pessoa, nós e as nossas acções são tão reais ou tão irreais como este mundo do qual parecemos agora ser uma parte, então esta pessoa deve agir exteriormente neste mundo como se ele fosse tão real como ela mesma (que é), mas deve interiormente duvidar da realidade de todas estas coisas e deve portanto tentar investigar o "Eu" que parece experienciá-las.
Além disso, mesmo que quiséssemos agir neste mundo como se fosse irreal, na prática não conseguiríamos fazê-lo de forma consistente. Se alguém segurasse a nossa cabeça debaixo de água, não conseguiríamos afastar com calma a sensação de estarmos a sufocar e a afogar-nos como se fosse irreal ou apenas parte de um sonho, mas lutaríamos para levantar a cabeça acima da água para respirar. Da mesma forma, quando estamos a atravessar uma rua e vemos um carro em alta velocidade a vir na nossa direcção, corremos para fora do seu trajecto, e não pensamos apenas: 'Isto é só um sonho, então pode atingir-me, porque mesmo que me magoe, não importa'.
Qualquer que seja a filosofia que possamos professar, na prática há uma série de coisas que são importantes para nós neste mundo: quando estamos com forme, a comida é importante para nós; quando estamos com sede, a água é importante para nós; quando estamos com frio e molhados, um abrigo quente e seco ou pelo menos alguma roupa adequada é importante para nós; se fossemos forçados a trabalhar 18 horas por dia numa confecção exploradora por um salário insuficiente para sustentar a nossa família, seria importante para nós; se fossemos recrutados contra a nossa vontade para lutar como um soldado numa guerra, seria importante para nós; se tivéssemos nascido como um animal de uma fábrica de produção pecuária, mantidos toda a nossa vida numa pequena gaiola para produzir leite ou ovos ou para sermos engordados como carne e finalmente abatidos nas condições brutais de um matadouro moderno, seria importante para nós.
Quanto mais perseverarmos em investigar a nós mesmos - ou seja, tentando experienciar o que este "eu" na verdade é ao prestarmos atenção apenas a nós mesmos - mais claramente vamos experienciar a nós mesmos como algo que é distinto e independente de qualquer dos adjuntos que agora confundimos serem nós mesmos, e assim o nosso apego à pessoa que agora experienciamos como sendo nós mesmos será gradualmente enfraquecido, até que finalmente estaremos dispostos a renunciar a esse apego inteiramente. Só então seremos capazes de experienciar a nós mesmos como realmente somos, imediatamente após o que este sonho será dissolvido juntamente com o sono da auto-ignorância em que ele e todos os outros sonhos ocorreram.
5. Até acordarmos deste sonho devemos evitar causar dano a outrem
Até experienciarmos o que realmente somos e assim acordarmos do sono da auto-ignorância que está subjacente e suporta este e todos os outros sonhos, vamos continuar a experienciar este sonho ou algum outro sonho, e tudo o que experienciarmos em qualquer desses sonhos irá parecer-nos ser real enquanto esse determinado sonho estiver a decorrer. Portanto, embora o nosso principal objectivo deva ser o de experienciar a nós mesmos como realmente somos aqui e agora, até que sejamos capazes de o fazer temos de viver em cada sonho como se fosse real. Por outras palavras, embora devêssemos estar interiormente investigando a nós mesmos tanto quanto podemos, externamente temos que agir neste mundo como se ele fosse real.
Tentar agir neste mundo como se fosse irreal é fútil e sem sentido, porque as nossas acções e a pessoa que sente "Eu estou a fazer estas acções", fazem todas parte deste mundo. Como esta pessoa, nós e as nossas acções são tão reais ou tão irreais como este mundo do qual parecemos agora ser uma parte, então esta pessoa deve agir exteriormente neste mundo como se ele fosse tão real como ela mesma (que é), mas deve interiormente duvidar da realidade de todas estas coisas e deve portanto tentar investigar o "Eu" que parece experienciá-las.
Além disso, mesmo que quiséssemos agir neste mundo como se fosse irreal, na prática não conseguiríamos fazê-lo de forma consistente. Se alguém segurasse a nossa cabeça debaixo de água, não conseguiríamos afastar com calma a sensação de estarmos a sufocar e a afogar-nos como se fosse irreal ou apenas parte de um sonho, mas lutaríamos para levantar a cabeça acima da água para respirar. Da mesma forma, quando estamos a atravessar uma rua e vemos um carro em alta velocidade a vir na nossa direcção, corremos para fora do seu trajecto, e não pensamos apenas: 'Isto é só um sonho, então pode atingir-me, porque mesmo que me magoe, não importa'.
Qualquer que seja a filosofia que possamos professar, na prática há uma série de coisas que são importantes para nós neste mundo: quando estamos com forme, a comida é importante para nós; quando estamos com sede, a água é importante para nós; quando estamos com frio e molhados, um abrigo quente e seco ou pelo menos alguma roupa adequada é importante para nós; se fossemos forçados a trabalhar 18 horas por dia numa confecção exploradora por um salário insuficiente para sustentar a nossa família, seria importante para nós; se fossemos recrutados contra a nossa vontade para lutar como um soldado numa guerra, seria importante para nós; se tivéssemos nascido como um animal de uma fábrica de produção pecuária, mantidos toda a nossa vida numa pequena gaiola para produzir leite ou ovos ou para sermos engordados como carne e finalmente abatidos nas condições brutais de um matadouro moderno, seria importante para nós.
Se as condições que afectam a qualidade, o conforto ou conveniência da nossa vida como pessoa são tão importantes para nós, não deveríamos também estar preocupados com as condições que afectam outras pessoas ou animais? Se não gostamos de sofrer, não deveríamos também pelo menos tentar evitar causar sofrimento a qualquer outro ser senciente?
Se praticarmos a auto-investigação e assim enfraquecermos o apego à pessoa que agora experienciamos como "eu", o nosso senso de distinção entre 'eu' e 'outros' também vai começar a dissolver-se, por isso iremos automaticamente sentir compaixão pelos sofrimentos dos outros, como se nós mesmos estivéssemos experimentando esses sofrimentos, e portanto iremos naturalmente aderir à prática de ahiṁsā (tentar não prejudicar qualquer ser senciente), e iremos fazer tudo o que pudermos para aliviar o sofrimento onde quer que o virmos ou soubermos que existe. Como Sri Ramana diz no final do parágrafo dezanove de Nāṉ Yār? (Quem sou eu?):
பிறருக் கொருவன் கொடுப்ப தெல்லாம் தனக்கே கொடுத்துக்கொள்ளுகிறான். இவ் வுண்மையை யறிந்தால் எவன்தான் கொடா தொழிவான்?
piṟarukku oruvaṉ koḍuppadu ellām taṉakkē koḍuttu-k-koḷḷugiṟāṉ. i-vv-uṇmaiyai y-aṟindāl evaṉ-dāṉ koḍādu oṙivāṉ?
Tudo o que se dá aos outros está-se dando apenas a si mesmo. Se [todos] soubessem esta verdade, quem na verdade permaneceria sem dar?
6. Não devemos ser demasiado preocupados com injustiças ou outros assuntos
mundanos
No entanto também devemos ter em mente o que ele escreveu nas duas frases anteriores:
பிரபஞ்ச விஷயங்களி லதிகமாய் மனத்தை விடக் கூடாது. சாத்தியமானவரையில், அன்னியர் காரியத்திற் பிரவேசிக்கக் கூடாது.
pirapañca viṣayaṅgaḷil adhikam-ay maṉattai kūḍādu Vida-k. sāddhiyamāṉa-varaiyil, aṉṉiyar kāriyattil piravēśikka-k kūḍādu.
Não é apropriado deixar a [sua] mente [alongar-se] excessivamente em assuntos mundanos. Na medida do possível, não é apropriado entrar [ou interferir] nos assuntos de outras pessoas.
Uma vez que o principal objectivo da nossa vida deve ser investigar a nós mesmos, não devemos passar muito tempo preocupando-nos com as numerosas injustiças e sofrimentos que vemos neste mundo, porque se fizermos isso vamos assim ser distraídos para longe da nossa auto-investigação.
Portanto precisamos manter um equilíbrio, entre a nossa responsabilidade interior para tentar experienciar o que realmente somos, e tudo que temos de responsabilidades exteriores para com este mundo do qual experienciamos a nós mesmos como uma pequena parte. Devemos sempre dar prioridade à investigação de nós mesmos, mas enquanto experienciamos a nós mesmos como uma pessoa, vamos sentir que também temos de dedicar algum tempo e atenção a assegurar alimento, roupa e abrigo de que o nosso corpo precisa, e ao fazê-lo devemos tentar evitar causar qualquer dano a qualquer outro ser senciente, e devemos sentir que qualquer que seja o dano que podemos causar aos outros, intencionalmente ou não-intencionalmente, na verdade estamos a causar a nós mesmos.
7. Enquanto a nossa mente está voltada para fora devemos preocupar-nos com o
bem-estar dos outros
Se estivéssemos tão desapegados da nossa vida como uma pessoa, que fossemos capazes de dedicar a maior parte do nosso tempo e atenção para investigar a nós mesmos e só o estritamente necessário para suprir as necessidades básicas do nosso corpo, não devíamos permitir a qualquer outra coisa distrair-nos da nossa auto-investigação. No entanto, se formos honestos com nós mesmos, penso que a maioria de nós terá que admitir que ainda estamos demasiado ligados à nossa vida como uma pessoa, porque o nosso gosto de experienciar outras coisas do que nós mesmos ainda é muito forte, por isso não somos capazes de dedicar todo o nosso tempo livre e atenção à auto-investigação, e portanto gastamos o nosso tempo e atenção não só na auto-investigação e em prover às necessidades mínimas do nosso corpo, mas também em muitos outros pensamentos e actividades desnecessários.
Quando for o caso, devemos ter cuidado para que as nossas actividades externas não causem nenhum dano directa ou indirectamente a qualquer outra pessoa ou animal. Além disso, porque estamos a gastar algum do nosso tempo a prestar atenção ao mundo que nos rodeia, vamos inevitavelmente perceber nele inúmeras injustiças e várias formas de sofrimento, e apesar de podermos fazer muito pouco para rectificar essas injustiças ou aliviar todo esse sofrimento, sempre que podemos fazer pelo menos um pouco, o nosso sentido natural de compaixão vai levar-nos a fazer tudo o que pudermos.
Se fossemos tão insensíveis à compaixão que não só nunca tentássemos corrigir qualquer injustiça nem aliviássemos qualquer sofrimento, mas também não nos importássemos de tentar evitar causar qualquer dano, isso indicaria um ego muito forte - que acredita firmemente na falsa distinção entre 'eu' e 'outros', e que não está disposto a investigar a si mesmo, a base dessa distinção. Apenas um ego forte e não-refinado se preocupa só com o seu próprio bem-estar e permanece indiferente ao bem-estar dos outros.
Quando escrevo tudo isto, não estou a tentar dizer que devemos fazer de fazer do bem neste mundo a nossa maior prioridade. Se queremos acabar com todas as injustiças e sofrimento, precisamos acordar deste sonho, por isso investigar a nós mesmos deve ser a nossa principal prioridade. Mas como ainda estamos tão apegados a sonhar que ainda não estamos dispostos a destruir o nosso ego fundindo-nos de novo com a fonte - o "Eu" puro livre de adjuntos - da qual emergimos, estaríamos a iludir-nos ainda mais se agíssemos como se fôssemos a única pessoa que importa neste mundo, e estaríamos assim a fortalecer o nosso ego.
Portanto precisamos manter um equilíbrio, entre a nossa responsabilidade interior para tentar experienciar o que realmente somos, e tudo que temos de responsabilidades exteriores para com este mundo do qual experienciamos a nós mesmos como uma pequena parte. Devemos sempre dar prioridade à investigação de nós mesmos, mas enquanto experienciamos a nós mesmos como uma pessoa, vamos sentir que também temos de dedicar algum tempo e atenção a assegurar alimento, roupa e abrigo de que o nosso corpo precisa, e ao fazê-lo devemos tentar evitar causar qualquer dano a qualquer outro ser senciente, e devemos sentir que qualquer que seja o dano que podemos causar aos outros, intencionalmente ou não-intencionalmente, na verdade estamos a causar a nós mesmos.
7. Enquanto a nossa mente está voltada para fora devemos preocupar-nos com o
bem-estar dos outros
Se estivéssemos tão desapegados da nossa vida como uma pessoa, que fossemos capazes de dedicar a maior parte do nosso tempo e atenção para investigar a nós mesmos e só o estritamente necessário para suprir as necessidades básicas do nosso corpo, não devíamos permitir a qualquer outra coisa distrair-nos da nossa auto-investigação. No entanto, se formos honestos com nós mesmos, penso que a maioria de nós terá que admitir que ainda estamos demasiado ligados à nossa vida como uma pessoa, porque o nosso gosto de experienciar outras coisas do que nós mesmos ainda é muito forte, por isso não somos capazes de dedicar todo o nosso tempo livre e atenção à auto-investigação, e portanto gastamos o nosso tempo e atenção não só na auto-investigação e em prover às necessidades mínimas do nosso corpo, mas também em muitos outros pensamentos e actividades desnecessários.
Quando for o caso, devemos ter cuidado para que as nossas actividades externas não causem nenhum dano directa ou indirectamente a qualquer outra pessoa ou animal. Além disso, porque estamos a gastar algum do nosso tempo a prestar atenção ao mundo que nos rodeia, vamos inevitavelmente perceber nele inúmeras injustiças e várias formas de sofrimento, e apesar de podermos fazer muito pouco para rectificar essas injustiças ou aliviar todo esse sofrimento, sempre que podemos fazer pelo menos um pouco, o nosso sentido natural de compaixão vai levar-nos a fazer tudo o que pudermos.
Se fossemos tão insensíveis à compaixão que não só nunca tentássemos corrigir qualquer injustiça nem aliviássemos qualquer sofrimento, mas também não nos importássemos de tentar evitar causar qualquer dano, isso indicaria um ego muito forte - que acredita firmemente na falsa distinção entre 'eu' e 'outros', e que não está disposto a investigar a si mesmo, a base dessa distinção. Apenas um ego forte e não-refinado se preocupa só com o seu próprio bem-estar e permanece indiferente ao bem-estar dos outros.
Quando escrevo tudo isto, não estou a tentar dizer que devemos fazer de fazer do bem neste mundo a nossa maior prioridade. Se queremos acabar com todas as injustiças e sofrimento, precisamos acordar deste sonho, por isso investigar a nós mesmos deve ser a nossa principal prioridade. Mas como ainda estamos tão apegados a sonhar que ainda não estamos dispostos a destruir o nosso ego fundindo-nos de novo com a fonte - o "Eu" puro livre de adjuntos - da qual emergimos, estaríamos a iludir-nos ainda mais se agíssemos como se fôssemos a única pessoa que importa neste mundo, e estaríamos assim a fortalecer o nosso ego.
Na medida em que nos preocupamos com os outros, nessa medida pelo menos o nosso ego é diminuído. No entanto, preocupar-nos com os outros obviamente não é um meio suficiente para destruir o nosso ego completamente, porque preocupar-nos com os outros pressupõe a sua existência, e enquanto outros parecem existir o nosso ego deve existir também para experienciar a sua aparente existência. A fim de destruir a ilusão de que há outros separados de nós, precisamos investigar a nós mesmos para descobrir se realmente somos esta pequena pessoa que agora parecemos ser.
Mas até destruirmos dessa forma o nosso ego, a ilusão de que outros existem permanecerá, e esses outros parecerão ser tão reais quanto a pessoa que agora experienciamos como "eu". Por isso as suas alegrias e sofrimentos parecerão ser tão reais quanto as nossas, e portanto devemos importar-nos tanto com eles pelo menos tanto como nos importamos com o nosso eu pessoal, e podemos ser justificadamente indiferentes às suas alegrias e sofrimentos só na medida em que somos genuinamente indiferentes às nossas.
8. Para manter o nosso ego sob controlo devemos ser vigilantes, auto-atentos
No seu e-mail expressa a sua preocupação de que cuidar do sofrimento dos outros neste sonho chamado 'estado de vigília' vai criar um 'ego mais espiritualizado' e tornar este sonho e o fazedor individual parecer mais real:
Esta maneira de ver o estado de vigília não cria subtilmente um ego mais espiritualizado? Eu sou melhor do que tu. Eu não como carne. Eu assino petições por água e ar limpos. Eu luto contra o trabalho infantil. Não estamos nessa altura a tornar o fazedor individual mais real?
O que quer que podemos fazer ou não fazer neste sonho, temos sempre que ser vigilantes sobre o crescimento subtil do ego, porque a natureza do nosso ego é iludir-nos, e usa inúmeros truques para o fazer. Portanto, o perigo de que fala é muito real, e a única salvaguarda que temos contra ele é perseverar na investigação de nós mesmos tanto quanto possível.
Se a única pessoa com quem nos preocupamos é nós mesmos, isso é certamente egoísta, mas mesmo se cuidarmos dos outros, o nosso ego pode tomar isso como um pretexto para aumentar o seu próprio orgulho ou ser moralista. Na verdade, sempre que atendemos a qualquer outra coisa que não o nosso ser essencial, o nosso ego vai encontrar uma maneira ou outra de se alimentar e sustentar. Por isso, a única solução para este problema de ego é a prática persistente da auto-investigação: isto é, ser auto-atento de forma constante e vigilante.
Esta prática simples da auto-atenção por si só resolverá todos os problemas (e também todos os problemas deste mundo, que parece existir e ser real apenas enquanto o estamos a experienciar), então além de tudo o mais que podemos fazer neste sonho a que chamamos vida, devemos ter cuidado para não negligenciar esta prática. Mesmo enquanto realizamos outras actividades, devemos tentar lembrar-nos de ser atentamente conscientes do "Eu" ( nosso ser essencial), e no meio de todas as actividades, devemos reservar algum tempo para tentar ir fundo na experiência de pura auto-consciência - a consciência de nada mais do que apenas nós mesmos.
O nosso ego vem à existência e é sustentado apenas por pramāda ou auto-negligência, por isso vai diminuir e ser mantido sob controlo apenas na medida em que formos auto-atentos. Qualquer acção que praticamos implica atender a algo diferente de nós mesmos, e na medida em que estamos a atender a qualquer outra coisa, não estamos a atender a nós mesmos. Portanto, todas as acções que fazemos pela mente, fala ou corpo tendem a sustentar e nutrir o nosso ego, e só a auto-atenção pode enfraquecê-lo e fazê-lo desaparecer em nós mesmos, a fonte da qual se originou.
Como Sri Ramana diz no versículo 25 de Uḷḷadu Nāṟpadu:
உருப்பற்றி யுண்டா முருப்பற்றி நிற்குமுருப்பற்றி யுண்டுமிக வோங்கு — முருவிட்டுருப்பற்றுந் தேடினா லோட்டம் பிடிக்குமுருவற்ற பேயகந்தை யோர்.
uruppaṯṟi yuṇḍā muruppaṯṟi niṟkumuruppaṯṟi yuṇḍumiha vōṅgu — muruviṭṭuruppaṯṟun tēḍiṉā lōṭṭam piḍikkumuruvaṯṟa pēyahandai yōr.
பதச்சேதம்: உரு பற்றி உண்டாம்; உரு பற்றி நிற்கும்; உரு பற்றி உண்டு மிக ஓங்கும்; உரு விட்டு, உரு பற்றும்; தேடினால் ஓட்டம் பிடிக்கும், உரு அற்ற பேய் அகந்தை. ஓர்.
Padacchēdam (separação das palavras): uru paṯṟi uṇḍām; uru paṯṟi niṯkum; uru paṯṟi uṇḍu miha ōṅgum; uru viṭṭu, uru paṯṟum; tēḍiṉāl ōṭṭam piḍikkum, uru aṯṟa pēy ahandai. ōr.
அன்வயம்: உரு அற்ற பேய் அகந்தை உரு பற்றி உண்டாம்; உரு பற்றி நிற்கும்; உரு பற்றி உண்டு மிக ஓங்கும்; உரு விட்டு, உரு பற்றும்; தேடினால் ஓட்டம் பிடிக்கும். ஓர்.
Anvayam (palavras rearranjadas na ordem de prosa natural): uru aṯṟa pēy ahandai uru paṯṟi uṇḍām; uru paṯṟi niṯkum; uru paṯṟi uṇḍu miha ōṅgum; uru viṭṭu, uru paṯṟum; tēḍiṉāl ōṭṭam piḍikkum. ōr.
Tradução: Tomando forma, o ego-fantasma surge; tomando forma permanece [ou perdura]; agarrando-se e alimentando-se da forma cresce [ou prospera] abundantemente; deixando [uma] forma, toma [outra] forma. Se procurado [examinado ou investigado], desaparece. Investigue [ou saiba assim].
Aqui உரு பற்றி (uru patri) ou ‘tomando forma’ significa atender a, ou experimentar algo diferente de nós mesmos, porque nós mesmos somos sem forma, uma vez que neste contexto uma 'forma' é tudo o que tem quaisquer características que o distinguem de algum modo, quer de nós mesmos ou de outras coisas. Portanto, o que Sri Ramana quer significar neste versículo é que nós surgimos ou vimos à existência como um ego só por atendermos a qualquer coisa que não a nós mesmos e que ao continuar a atender a outras coisas nós sustentamos e alimentamos a ilusão de que somos este ego, mas que se em vez disso tentamos atender apenas a nós mesmos, essa ilusão 'vai tomar voo' - ou seja, o nosso ego vai diminuir e desaparecer em nós mesmos, a fonte de onde tinha surgido.
Uma vez que nós mesmos somos sem forma, não podemos continuar a experienciar a nós mesmos como este ego se atendermos e assim experienciarmos apenas a nós mesmos. E por outro lado não podemos deixar de experienciar a nós mesmos como este ego enquanto persistirmos em atender e experienciar algo que não nós mesmos. Portanto a auto-negligência sustenta o nosso ego, e só a auto-atenção o pode subjugar e destruir. Assim o único meio pelo qual podemos efectivamente manter o nosso ego sob controlo e impedi-lo de nos iludir é ser auto-atento de forma constante e vigilante.
9. Quem é responsável pela criação deste mundo?
Em resposta ao e-mail que adaptei nas oito secções anteriores o meu amigo escreveu:
Há um ponto confuso ao qual estou sempre a regressar. Se tudo em última análise é um, e Brahma, o sonho não é Brahma também? E se o sonho também é Brahma não está tudo a desenrolar-se perfeitamente como Brahma quer que se desenrole?
A isto respondi:
Brahman não é outra coisa senão nós mesmos. É apenas um nome dado ao que realmente somos. Então se você diz que tudo se desenrola como brahman quer que se desenrole, isso significa que tudo se desenrola como você quer que se desenrole. Mas tudo isto é o que você realmente quer? Se é, então não há problema, e portanto não há necessidade de investigar quem sou eu.
Mas se vê algum problema seja neste mundo ou em si mesmo, então isto não é o que você realmente quer, então tem que corrigir a decisão errada que teve para criar tudo isto. Tudo isto veio à existência por sua decisão ou escolha, por isso a fim de rectificar a sua escolha precisa primeiro de saber exactamente o que é este "eu" em si que fez esta escolha. Agora aparenta ser o Jim, mas o Jim é uma parte da criação, então não pode ser o criador. Portanto se você é o criador, você não é o Jim, então quem é você?
Por isso, tudo volta ao mesmo ponto: o que cada um de nós precisa antes de tudo é saber quem realmente somos. Se primeiro investigarmos a nós mesmos e assim experienciarmos o que realmente somos, podemos então ver se qualquer criador, criação, mundo ou problemas ainda existem, e somente se existirem vamos então precisar de fazer alguma coisa sobre eles.
10. Apenas em absoluto silêncio podemos experienciar quem realmente somos
Quando perguntei a Jim na minha resposta anterior, "Portanto se você é o criador, você não é o Jim, então quem é você?", ele respondeu-me dizendo entre outras coisas que ele é 'Satchitananda', 'a consciência que tudo permeia, livre da acção, sem apego, sem desejo, sem limite e imperturbável ', mas acrescentou:
Estou a tentar dizer-lhe o impossível. O que sou eu. O que você é. O que só existe. Além da mente do corpo. Além de Brahman, a consciência Crística, e todas as outras etiquetas e conceitos que apontam para o indizível, a presença incognoscível que somos. O que sou eu?? O que sou eu? Sei que não sou este saco de carne e ossos carente, imperfeito, inseguro, defeituoso que parece sofrer e a quem chamamos Jim.
Ao que eu respondi:
Quando perguntei 'você não é o Jim, então quem é você?' não era uma pergunta para a qual esperava uma resposta em palavras, porque não há palavras ou ideias para poder responder a ela. A resposta só pode ser encontrada dentro de nós mesmos, por perder a nós mesmos em nós mesmos (ou seja, por perder o nosso ego naquilo que realmente somos).
Sat-cit-ānanda (ser - consciência - bem-aventurança), a consciência que permeia tudo e tudo aquilo que você diz que é são tudo ideias apenas - ideias que Jim tem acerca do que ele realmente é - assim como pode qualquer uma delas ser o que você realmente é. O que você realmente é não pode ser adequadamente expresso por quaisquer ideias ou palavras, quer expressas afirmativamente (eu sou isso) ou negativamente (eu não sou isto), mas só pode ser experienciado por si apenas na profundeza do silêncio absoluto.
A fim de experienciar a nós mesmos como realmente somos, devemos cada um de nós retirar a nossa atenção de tudo o mais (que é tudo mero ruído criado pela nossa mente), levando-a de volta para nós mesmos apenas e assim permitir-lhe que mergulhe profundamente em nós mesmos, a sua fonte (que por si só é silêncio absoluto). Por outras palavras, saber quem você é, Jim e todas as suas ideias (incluindo a sua ideia de que Jim é apenas um fantasma) deve findar, e só o "eu" sempre silencioso e perfeitamente consciente de si mesmo deve permanecer.
ॐ
Tradução: Blog Texto Meditativo
Será que as pesoas que se cruzam na nossa vida estão a viver o sonho delas, ou é o nosso próprio Espirito que vive através dela outros sonhos para interagir com o nosso?
ResponderEliminar12 de Fevereiro às 10h53
ResponderEliminarResposta de Michael James:
Desculpe o meu atraso na resposta. Estive doente recentemente, por isso não tenho estado em condições de responder a e-mails.
Para muitos de nós, quando lemos pela primeira vez os ensinamentos de Bhagavan a ideia de que toda a nossa vida é um sonho não nos é familiar, por isso pode ser bastante difícil de compreender e aceitar todas as suas implicações.
Quando sonhamos, a nossa mente cria por si só tudo o que experienciamos, e somente nós o experienciamos. No entanto, enquanto estamos a sonhar, parece-nos que o mundo que percebemos existe independente da nossa percepção do mesmo, e que existem muitas outras pessoas nesse mundo, e que cada uma delas o está a percepcionar assim como nós estamos. Somente quando nós acordamos nos damos conta de que era apenas um sonho, e então compreendemos que o mundo sonhado e as pessoas parecem existir só porque os percepcionamos e que nenhumas dessas pessoas eram reais e portanto elas não percepcionaram ou experienciaram nada. Por exemplo, se você me visse no seu sonho, depois de acordar não me iria perguntar se eu vi o mesmo sonho, porque você sabe que o Michael que viu no seu sonho era apenas a sua própria criação mental.
Portanto, quando Bhagavan diz que toda a nossa vida é apenas um sonho, devemos considerar cuidadosamente o que isto implica. Obviamente isso implica que o mundo e todas as pessoas que vemos nele são apenas a nossa própria criação mental, e que eles não existem quando nós não os percepcionamos. Podemos achar isto difícil de aceitar, porque estamos fortemente apegados à nossa vida como uma pessoa e a tudo o que nós como esta pessoa experienciamos, mas se formos sinceros ao procurar saber o que realmente somos, devemos estar prontos para desistir de todos os nossos apegos a qualquer outra coisa.
With love,
Michael
Um doce silêncio me invade. Uma sensação de Paz e expansão enche o meu o meu corpo. Sinto-me flutuar, tal é a beleza, e a complexidade do meu EU.
ResponderEliminarEu sinto um profundo Amor ao percecionar o que está nesta resposta que me faz mergulhar nas profundezas do meu SER. As palavras são exíguas. Obrigado