Durga com, no seu coração, Brahma, Vishnou e Shiva
Escute! As pessoas não podem sequer pensar a não ser quando capacitadas para o fazer pelo Poder Supremo Chit-Shakti que é benevolente para com todos. Aqui neste mundo o saltitar das pessoas, entusiasmadas pelo sentimento de 'eu vou fazer isto!' realizando karmas com grande entusiasmo e zelo, é de facto uma grande maravilha. Isto é muito parecido com o zelo do aleijado que declarou: "Se alguém me erguer e me apoiar, enfrentarei uma séria de inimigos só com uma mão, os abaterei, e aqui levantarei uma pilha de cadáveres".
Guruvachaka Kovai, 168-169
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar As actividades fúteis dos loucos que, não percebendo que eles próprios são activados pelo Poder Supremo, e fazem esforços pensando: "Vamos adquirir todos os siddhis", são como [os esforços] do aleijado da história, que se gabava: "Se alguém me ajudar a ficar de pé, que valor terão os meus inimigos diante de mim?" Este versículo também aparece como o versículo quinze em Ulladu Narpadu Anubandham |
Oh! gente infeliz e extrovertida! Vocês que suportam sofrimento infindo pela percepção dos objectos dos sentidos sem perceberem primeiro aquele em cuja visão eles aparecem! A Felicidade é simplesmente a remoção do sentimento de dualidade. Isso ocorre quando a atenção está voltada para dentro e não para fora.
Guruvachaka Kovai, 186
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar
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Perfeita e pacífica clareza é o que os Vedas declaram ser o objectivo final de tapas. Por outro lado, quaisquer que sejam os abundantes e incomensuráveis benefícios atingidos [por meio de qualquer tipo particular de tapas], se depois ainda continua a haver um pingo de desejo [ou oscilação da mente], então esse tapas deve ser abandonado de imediato.
Não conclua que alcançou a graça gloriosa de Deus apenas em razão das mais variadas riquezas do mundo que tenha obtido através de meios virtuosos. Considere somente o brilho da consciência profundamente pacífica, que é desprovida das ansiedades que surgem através de pramada [esquecimento desditoso, negligência], como indicação da graça de Deus.
Guruvachaka Kovai, 751-753
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar
Sadhu OM explica: As pessoas ignorantes muitas vezes pensam que obtiveram a Graça de Deus meramente por terem recebido diferentes tipos de bem-estar terreno, como riqueza e saúde. Mas estes não são os sinais correctos da Graça de Deus, uma vez que são dados meramente em função dos punyas [actos meritórios] de cada um, ou seja, são o resultado de prarabdha*. O estado de Jnana, em que se conhece o Ser e assim se permanece em paz ininterrupta, livre de sofrimentos, por si só é o verdadeiro sinal da Graça de Deus. É de notar aqui também que a pacífica clareza de Auto-consciência, que no versículo 751 se disse ser "o objectivo final de tapas", neste versículo é dito que é o verdadeiro sinal da Graça de Deus. * Prarabdha: Karma cujos efeitos inevitáveis se manifestam durante a vida presente na nossa própria natureza, isto é, aquilo que constitui o nosso carácter, e as múltiplas circunstâncias que nos rodeiam. |
Se os poucos que são extremamente ricos desistissem da sua vida de luxo em vez de a abraçarem, através desse [sacrifício] inumeráveis Jivas que [caso contrário] passam fome, definham e sofrem intensamente na doença da pobreza poderiam viver uma vida de prosperidade.
Guruvachaka Kovai, 491
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar
Devemos a nossa riqueza espiritual não apenas aos sábios, videntes, mestres e seres iluminados que percorreram o caminho, mas também à comunidade que os alimentou. Na tradição Hindú, servir os buscadores da espiritualidade e os monges foi de extrema importância. Na verdade, para muitos, este foi um caminho em si mesmo. A mais bela expressão disso foi Annadhanam, a oferta de alimentos.
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O melhor caminho para diminuir as actividades da mente - que irrompem para o exterior como [a tríade ou triputi], o vidente, a visão e o objecto visto - é treinar a mente para ver a sua própria natureza [por outras palavras, praticar a Auto-atenção].
Guruvachaka Kovai, 758
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Através da destruição do ego insano, as tríades [vidente-visto-ver, conhecedor-conhecido-conhecer] que são baseadas nele desaparecem e acabam, junto com sakala [multiplicidade: os estados de vigília e de sonho].
O puro [sudha] estado de plena Luz-do-Dia [Ser] que então brilha para sempre como centenas de sóis é Sivaratri [a Noite de Siva].
Guruvachaka Kovai, 459
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar
Seja feita a Tua Vontade Senhor.
Que o Senhor te guie ao longo da tua vida
Maha Shivaratri é um Festival Hindú. |
Aquele que se alegra com a acção da vontade divina com a atitude, "Ó Senhor não há nada que tenha de acontecer da maneira que eu desejo; deixa que prevaleça a Tua vontade divina", não terá nenhuma razão para ter medo em sua mente, não importa o que aconteça.
Não dando o menor espaço no nosso coração - que sente um grande amor em prestar a atenção ao Ser, a verdadeira forma de Deus - a qualquer pensamento levantado por vasanas [tendências inatas latentes] é a maneira correcta de nos oferecermos ao Senhor.
Guruvachaka Kovai, 481-482
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar
Sadhu Om explica: Estas são as palavras da Graça transmitidas por Sri Bhagavan em Quem sou Eu?: "Não dar qualquer espaço ao surgimento de quaisquer pensamentos a não ser o pensamento do Ser [Atma-chintanai] - isto é, Auto-atenção] e permanecer firmemente estabelecido no Ser é render-se ao Senhor". Consulte também o versículo 1189.
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Saiba que:
Conhecimento [Pura Consciência] é não-apego;
Conhecimento [Pura Consciência] é pureza;
Conhecimento [Pura Consciência] sem-esquecimento é libertação-do-medo [abhayam];
Conhecimento [Pura Consciência] é o elixir da imortalidade;
Conhecimento [Pura Consciência] apenas é tudo.
Abhayam pode
alternativamente significar: ‘o local de refúgio’
ॐ
O Conhecimento da largura e comprimento, da base e do topo - a profundidade e altura - do Conhecimento não é senão o bem-aventurado silêncio da mente; é impossível mesmo para os deuses conhecer esse estado de Conhecimento.
Sri Muruganar explica: Uma vez que o Conhecimento transcende todas as
limitações e medidas, está além da compreensão. A fusão do conhecimento da
mente no Conhecimento não-dual [Kevala
Arivu] e lá permanecer em Bem-aventurança por si só é o conhecimento do
Conhecimento.
ॐ
Além da Consciência não existe o mundo; Além da Consciência não existe o amado jiva; Além da Consciência não existe a suprema-graça; Conhecer a Consciência é de facto a verdade suprema.
Guruvachaka Kovai, 438-439-440
Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar
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Quando Draupadi, a mulher casta, desistiu de segurar o seu sari, e ergueu as mãos juntas acima da cabeça, rezando, "Krishna, agora só tu és o meu refúgio", o sari protegendo a sua honra cresceu sem parar, e o forte Duchasana caiu abalado, como que paralisado.
(Guruvachaka Kovai, 468)
(Grinalda das Palavras do Guru, de Muruganar)
Sadhu Om explica: - Enquanto Draupadi estava tentando segurar o sari
com as suas próprias mãos para que não lhe fosse arrancado, e foi chamando
a Sri Krishna por socorro, a Sua Graça não começou a
operar. Mas assim que, tendo fé completa na Sua
graciosa protecção, ela desistiu de segurar as roupas com as
próprias mãos e as levantou acima da cabeça em oração, a sua rendição
tornou-se completa e, portanto, a Sua Graça começou a operar
fazendo o sari aumentar infinitamente e fazendo com que o abominável
Duchasana que estava a tentar despi-la caísse envergonhado.
Este incidente é apontado a fim de instruir-nos que
devemos abandonar o sentido de que somos nós os fazedores e devemos, portanto,
entregar-nos a Deus completamente e sem reservas.
Draupadi é a principal personagem feminina no Épico Hindú Mahabharata,
considerado o maior épico do mundo, que inclui a
A esposa dos irmãos Pandava (Arjuna, Maharaja Yudhisthira, Bhima, Sahadeva e Nakula), está a ser despida por Duryodhana e Duhsasana, dois filhos de Dhrtarastra,
depois de ter sido perdida para eles numa partida de jogo.
Dhrtarastra está sentado no trono. Krishna está se tornando o manto infinito de Draupadi
para a salvar de ser vista nua pela assembleia.
Devido a este incidente e outras ofensas aos Pandavas, Krishna queria que houvesse uma batalha...
MAHABHARATA |
Consulta: Guru Vachaka Kovai.pdf