ॐ
EXCERTO DE :
Introdução à filosofia e à prática
dos ensinamentos espirituais de
Bhagavan Sri Ramana
Autor: MICHAEL JAMES
Tudo o que escrevo neste livro é o que aprendi e compreendi dos ensinamentos do sábio conhecido como Bhagavan Sri Ramana Maharshi, que foi um tal ser extremamente raro, que experimentou a verdade espontaneamente sem nunca ter ouvido ou lido nada sobre ela. Ele obteve espontaneamente a experiência do verdadeiro auto-conhecimento, um dia em Julho de 1896, quando era só um estudante de dezasseis anos. Nesse dia estava sozinho sentado numa dependência da casa do seu tio na cidade de Madurai no sul da Índia, quando repentinamente e sem nenhuma causa aparente, um intenso medo da morte surgiu dentro dele. Em vez de procurar remover este medo da sua mente, como a maioria de nós faria, ele decidiu investigar e descobrir por si mesmo a verdade sobre a morte.
<<De acordo, a morte chegou! O que é a morte? O que é que morre? Este corpo vai morrer - que morra>>. Assim decidindo, deitou-se como um cadáver, rígido e sem respiração, e voltou a sua mente para dentro para descobrir o que é que a morte realmente lhe faria. Mais tarde descobriu a verdade que amanheceu nele nesse momento, como segue:
<<Este corpo está morto. Agora será levado para o campo de cremação, queimado e reduzido a cinzas. Mas com a destruição deste corpo, eu também sou destruído? Este corpo é realmente "eu"? Ainda que este corpo esteja jazendo sem vida como um cadáver, eu sei que eu sou. Não afectado nem um pouco por esta morte, o meu ser está brilhando claramente. Portanto, não sou este corpo que morre. Sou o "eu" que é indestrutível. De todas as coisas, só sou a realidade. Este corpo está sujeito à morte, mas eu, que transcendo o corpo, sou isso que vive eternamente. A morte que veio a este corpo não pode afectar-me a mim>>.
Ainda que tenha descrito a sua experiência da morte com muitas palavras, explicou que esta verdade na realidade amanheceu nele em um instante, não como raciocínio ou pensamentos verbalizados, mas como uma experiência directa, sem a mais mínima acção da mente. Tão intenso foi o seu medo e o impulso de conhecer a verdade da morte, que sem pensar nada, voltou a sua atenção para o corpo rígido e sem vida até ao núcleo mais íntimo do seu ser - a sua auto-consciência essencial <<eu sou>>, inadulterada e não-dual. Porque a sua atenção foi focalizada tão agudamente na sua consciência de ser, a verdadeira natureza desse ser-consciência revelou-se como um lampejo de conhecimento directo e certo - conhecimento que foi tão directo e certo que nunca poderia ser posto em dúvida.
Assim pois, Sri Ramana descobriu a si mesmo como a pura consciência transpessoal <<eu sou>> que é o único todo ilimitado, ininterrompido e não-dual, a única realidade existente, a fonte e substância de todas as coisas, e o verdadeiro 'Si' de todo o ser vivo. Este conhecimento da sua natureza real destruiu nele para sempre o sentido de identificação com o corpo físico - a sensação de ser uma pessoa individual, uma entidade separada confinada dentro dos limites de um tempo e lugar particulares.
Junto com este amanhecer do auto-conhecimento não-dual, a verdade de tudo o mais tornou-se clara para ele. Ao conhecer a si mesmo como o espírito infinito, a consciência fundamental <<eu sou>>, na qual e através da qual as demais coisas são conhecidas, ele soube como uma experiência imediata como essas outras coisas aparecem e desaparecem nesta consciência essencial. Assim pois, ele soube sem a mais mínima dúvida que tudo o que aparece e desaparece depende para a sua experiência aparente dessa consciência fundamental, que ele conheceu como o seu verdadeiro eu.
<<De acordo, a morte chegou! O que é a morte? O que é que morre? Este corpo vai morrer - que morra>>. Assim decidindo, deitou-se como um cadáver, rígido e sem respiração, e voltou a sua mente para dentro para descobrir o que é que a morte realmente lhe faria. Mais tarde descobriu a verdade que amanheceu nele nesse momento, como segue:
<<Este corpo está morto. Agora será levado para o campo de cremação, queimado e reduzido a cinzas. Mas com a destruição deste corpo, eu também sou destruído? Este corpo é realmente "eu"? Ainda que este corpo esteja jazendo sem vida como um cadáver, eu sei que eu sou. Não afectado nem um pouco por esta morte, o meu ser está brilhando claramente. Portanto, não sou este corpo que morre. Sou o "eu" que é indestrutível. De todas as coisas, só sou a realidade. Este corpo está sujeito à morte, mas eu, que transcendo o corpo, sou isso que vive eternamente. A morte que veio a este corpo não pode afectar-me a mim>>.
Ainda que tenha descrito a sua experiência da morte com muitas palavras, explicou que esta verdade na realidade amanheceu nele em um instante, não como raciocínio ou pensamentos verbalizados, mas como uma experiência directa, sem a mais mínima acção da mente. Tão intenso foi o seu medo e o impulso de conhecer a verdade da morte, que sem pensar nada, voltou a sua atenção para o corpo rígido e sem vida até ao núcleo mais íntimo do seu ser - a sua auto-consciência essencial <<eu sou>>, inadulterada e não-dual. Porque a sua atenção foi focalizada tão agudamente na sua consciência de ser, a verdadeira natureza desse ser-consciência revelou-se como um lampejo de conhecimento directo e certo - conhecimento que foi tão directo e certo que nunca poderia ser posto em dúvida.
Assim pois, Sri Ramana descobriu a si mesmo como a pura consciência transpessoal <<eu sou>> que é o único todo ilimitado, ininterrompido e não-dual, a única realidade existente, a fonte e substância de todas as coisas, e o verdadeiro 'Si' de todo o ser vivo. Este conhecimento da sua natureza real destruiu nele para sempre o sentido de identificação com o corpo físico - a sensação de ser uma pessoa individual, uma entidade separada confinada dentro dos limites de um tempo e lugar particulares.
Junto com este amanhecer do auto-conhecimento não-dual, a verdade de tudo o mais tornou-se clara para ele. Ao conhecer a si mesmo como o espírito infinito, a consciência fundamental <<eu sou>>, na qual e através da qual as demais coisas são conhecidas, ele soube como uma experiência imediata como essas outras coisas aparecem e desaparecem nesta consciência essencial. Assim pois, ele soube sem a mais mínima dúvida que tudo o que aparece e desaparece depende para a sua experiência aparente dessa consciência fundamental, que ele conheceu como o seu verdadeiro eu.
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Tradução: Blog Texto Meditativo
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