"Anoraneeyam Mahatomaheeyam"
Carta 52
Carta 52
ॐ
Excerto de:
LETTERS From Sri Ramanashramam
CARTAS do Sri Ramanashramam
De Suri Nagama
De Suri Nagama
22 de Julho de 1946
Esta manhã cerca das 10h30, Sonti Ramamurthi chegou com a sua esposa, irmão e alguns amigos. Naquele momento, um devoto estava a ler um livro e perguntava a Bhagavan, "Neste livro, está escrito que nós comemos o alimento e o alimento nos come a nós. Como é isso possível? Que nós comemos o alimento, é correcto. Mas qual é o significado de o alimento nos comer a nós?" Bhagavan ficou em silêncio.
Depois de ter esperado silenciosamente durante cerca de 10 minutos, Ramamurthi disse a Bhagavan que tinha vindo cá sobretudo porque o seu irmão estava ansioso por ver Bhagavan, e que ele próprio tinha recebido a benção (darshan) de Bhagavan há cerca de 10 anos atrás, e, pegando no assunto da conversa anterior do devoto, observou: "Todos os seres vivos nascem, vivem e finalmente são absorvidos por annam* (alimento) e assim o alimento é conhecido como Brahman. Esse Brahman permeia tudo. Todas as coisas são imagens suas, e como isso é conhecido como annam, diz-se que annam nos come. Não é esse o significado?" Bhagavan disse "Sim".
Ele disse ainda a Bhagavan várias coisas sobre ciência, e o seu irmão também falou sobre ciência, bombas atómicas e afins, tudo em inglês. Eu não sei Inglês, por isso não pude seguir a conversação. Mas Bhagavan respondeu em Telegu. Depois de ouvir tudo aquilo que eles disseram sobre ciência, Bhagavan finalmente disse:
"Sem dúvida. Mas nenhuma dessas coisas é divorciada do próprio ser, não é? Tudo provém do próprio ser. Ninguém diz que é inexistente. Até um ateísta admitiria que ele próprio existe. Assim, tudo o que surge deve emergir do próprio ser, e em última instância de novo nele se dissolver. Não existe nada separado do próprio ser, de acordo com o princípio da sruti*, 'Anoraneeyam Mahatomaheeyam', o ser é mais pequeno que o mais pequeno e maior que o maior."
Ramamurthi perguntou, "De onde vem a diferença entre o átomo e o infinito?" "Ela vem do próprio corpo," disse Bhagavan. Ramamurthi perguntou, "Como se explica que vemos tantas forças no mundo?" Bhagavan disse:
"A mente sozinha é a causa. É a mente que faz você ver tantas forças diferentes. Quando ela nasce, tudo o mais nasce também. Os cinco elementos, e as forças para além dos elementos, quaisquer que sejam, e as forças para além das outras, também tomam forma, assim que a mente nasce. Se a mente é dissolvida, tudo o mais igualmente se dissolve. A mente é a causa de tudo."
ॐ
Muitas tradições antigas consideram Annam como Brahma,
o doador da vida, o criador e construtor da vida.
Sruti - "O que é escutado"
É um cânon de textos sagrados Hindus, de origem divina.
Tradução: Blog Texto Meditativo
ॐ
Veda Vyasa |
Guru Purnima ou Vyasa Purnima, é o dia de lua cheia do mês Tamil de Ani (meados de Junho a meados de Julho), e é dedicado ao Guru Veda Vyasa, que editou os Vedas.
Os quatro Vedas (Rig, Yajur, Sama e Atharva), foram as divisões feitas por Veda Vyasa em agrupamentos de temas relacionados (Vyasa = a "editar" ou "dividir"). Guru Veda Vyasa escreveu os Puranas incluindo o Mahabharata e Srimad Bhagavatam. Venerado por Vedacharyas e estudantes dos Vedas, é adorado neste dia em que ele nasceu do sábio Parashara e da filha do pescador, Satyavati. (Também se diz que este é o dia em que ele começou a escrever os Brahma Sutras, os aforismos do Vedanta.) No Guru Purnima, toda a Índia rende homenagem ao guru e os sannyasins iniciam a Chaturmasya, o período anual de quatro meses de vida itinerante, durante os meses chuvosos, em que praticam solidão. Guru Purnima é habitualmente comemorado no Ramanasramam, com puja mahanyasa e homenagem a sannyasins com Prasad especial.
A palavra Guru significa removedor das trevas (Em Sânscrito, "Gu" significa escuridão, "Ru" significa removedor). Tradicionalmente, o Guru é considerado como uma encarnação dos deuses da Trindade Hindu, designadamente Brahma, Vishnu e Shiva. Assim, Guru Purnima é o dia de erradicar a ignorância e iluminar as nossas vidas com o conhecimento.
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