MAHARSHI NO MEIO DE NÓS...
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Esta pequena jóia de história apareceu n'O Caminho da Montanha 1989 - The Mountain Path 1989, pág 49, intitulado "Maharshi no meio de nós ...". A história foi contada por Sri MJ Kalyanarama Iyer mas originalmente foi relatada por Sri G. Venkatramier, um renomado poeta e estudioso, e um contemporâneo de Sri Ganapati Muni.
Pessoalmente, achei esta pequena instrução de Bhagavan extremamente útil. Sempre que entro em luta com o meu mental, lembro-me desse episódio e então sinto-me como se Bhagavan me estivesse a dizer para ainda assim continuar, para me esforçar mais por "mergulhar debaixo da onda" ...
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Isto aconteceu nos tempos iniciais do Skandashramam. Sri Bhagavan está sentado no seu lugar habitual num lado da varanda. Sri Swami Eswara está sentado ao lado. Sri Ganapati Muni Kavyakantha está a uma certa distância, enquanto G. Venkatramier está sentado perto dele.
Venkatramier dirigiu-se a Sri Bhagavan assim: "Qualquer que seja a forma de ver, percebemos que a mente tem que ser subjugada. É-nos dito que ela tem de ser controlada. Isso pode realmente ser feito quando a mente, por um lado é uma entidade que não é facilmente compreendida, e por outro continua a ter preocupações mundanas? "
Kavyakantha moveu a cabeça ligeiramente para Venkatramier como a registar surpresa por ele ter escolhido perguntar sobre algo tão geral.
Sri Bhagavan permaneceu em silêncio por um tempo e depois disse:
"Hmm. Uma pessoa que nunca viu o oceano deve fazer uma viagem até ele para o conhecer. Estando ali, diante da enorme extensão de água, essa pessoa pode querer banhar-se no mar. De que serviria isso se, perante o rugido e enrolamento das ondas, ele ficasse ali pensando: 'Vou esperar que tudo acalme. Quando isso acontecer, entrarei na água para um banho tranquilo, tal como no lago lá de casa'? Ele tem de perceber, por si próprio ou sendo-lhe dito, que o oceano é agitação e que tem sido assim desde o momento da Criação e continuará da mesma forma até Pralaya (destruição). Ele, então, resolverá aprender a banhar-se nele, tal como ele é. Pode entrar na água a pouco e pouco, e talvez, através de alguma instrução recebida, aprenda a mergulhar debaixo de uma onda e a deixá-la passar por cima dele. Naturalmente irá prender a respiração enquanto faz isso. Em breve terá a habilidade suficiente para mergulhar, estender-se, onda após onda, e, assim, atingir o objectivo de tomar banho sem ficar aflito. O oceano pode continuar, que ele, dentro dele, está livre das suas garras. "
Bhagavan então acrescentou, depois de uma pausa: "Assim é também aqui."
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2 Comentários:
R. disse:
As ondas estão sempre lá à superfície e nunca param. Se alguém esperar que as ondas parem, tem que esperar para sempre.
Acho que só quando mergulhamos encontramos o único lugar onde não há ondas - *abaixo* da superfície, debaixo de água.:)
Arvind disse:
Bem dito, R.
Há um outro aspecto sobre esta história que eu acho fascinante. Se alguém ler a descrição gráfica do oceano e sua natureza, sem saber quem é o autor, concluirá imediatamente que se trata de uma pessoa para quem o oceano é familiar; uma pessoa que talvez tenha vivido perto de uma praia, ou pelo menos tenha dado muitos mergulhos no oceano. Mas sabemos que Bhagavan nunca foi nem perto de qualquer praia nem nenhum oceano! Nem poderia ter sido exposto, nos primeiros tempos do Skandashram perante algum filme que mostrasse o mar (nem, creio eu, durante a fase de infância em Tiruchli ou Madurai). Talvez a única grande massa de água nas proximidades seria o grande lago Samudra, que iria encher-se durante as chuvas e dar uma impressão de vastidão, embora eu duvido que alguma vez tenha tido ondas como o mar.
Além disso, quase gracejando, Bhagavan começa dizendo: "Uma pessoa que nunca viu o oceano deve fazer uma viagem até ele para o conhecer"! Embora Ele Próprio nunca tenha feito essa viagem...!!
Para mim, esta é, então, uma pequena ilustração do conhecimento infinito do Auto-realizado Jnani...
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