Oh! Arunachala! Sê graciosa para que eu possa afundar-me na
Tua forma verdadeira, em que se afundam aqueles cuja mente e fala são puras.
ॐ |
Fonte:
By discovering what "I" actually is, we will swallow time
Michael James
http://happinessofbeing.blogspot.pt/2014/01/by-discovering-what-i-actually-is-we.html
Sábado, 25 Janeiro 2014
A um amigo que escreveu algumas observações sobre experimentar o aqui-e-agora por estar ciente da "mente e seus adjuntos e reacções ao mundo exterior", e também sobre o ego ser uma forma subtil, respondi:
Dado que a mente está em constante mudança, nunca fica parada no aqui e agora, pelo contrário, é apanhada no fluxo constante da mudança, que está sempre em movimento do passado para o futuro. A única coisa que sempre fica parada no aqui e agora é "eu sou", porque nunca muda.
Portanto, se queremos estar no aqui e agora temos de prestar atenção apenas ao "eu sou", porque se em vez disso prestamos atenção à constante actividade e reactividade da mente, somos apanhados no fluxo de tempo que tudo muda do passado para o futuro.
Na realidade nunca experienciamos o tempo como tal, mas experienciamos apenas mudança (contra o fundo do sempre-presente e imutável "eu sou"), e a nossa experiência de mudança cria a aparência de tempo. Portanto, enquanto experimentarmos mudança estaremos enredados no tempo, e portanto a única maneira de transcender e tornar-se livre do tempo é atender apenas ao "eu sou". Como Sri Ramana diz no versículo 13 உபதேசத் தனிப்பாக்கள் (Upadēśa Taṉippākkaḷ) (que é a versão original do versículo que ele mais tarde modificou conforme o versículo 16 de Uḷḷadu Nāṟpadu):
Em Tamil, a primeira frase deste versículo implica claramente que só nós realmente existimos, e que não existe o tempo ou qualquer outra coisa. No entanto, quando não investigamos, examinamos ou prestamos atenção a nós mesmos, o tempo e outras coisas parecem existir. Portanto, se não examinarmos a nós mesmos, iremos experienciar a nós mesmos como um corpo e assim o tempo (em particular na forma de morte) irá engolir-nos, mas se examinarmos a nós mesmos, iremos perceber que só nós existimos, e assim teremos engolido o tempo.
Como diz, "a mente não pode reconhecer uma realidade material se a sua natureza é diferente dessa realidade", ou melhor, ela não poderia reconhecer o que parece ser uma realidade material se a sua natureza fosse diferente dessa realidade aparente. Isto é expresso por Sri Ramana no versículo 4 de உள்ளது நாற்பது (Uḷḷadu Nāṟpadu):
Portanto, a fim de experienciar algo diferente de si mesma, a primeira pessoa (a mente ou ego) deve primeiro experimentar-se como uma forma, o que ela faz ao confundir-se a si mesma em ser um corpo físico. No entanto, ainda que agora se experiencie como a forma de um corpo, este ego na verdade não tem forma própria, por isso depende de formas para a sua aparente existência. Como Sri Ramana diz no verso 25 de உள்ளது நாற்பது (Uḷḷadu Nāṟpadu):
Portanto, para destruir a nossa presente ilusão de que somos a forma deste corpo, precisamos examinar a nós mesmos e assim descobrir o que este "eu" realmente é. Se fizermos isso, este ego, que agora parece ser "eu", vai "voar" e deixar de existir, após o que só o que é realmente "eu" permanecerá.
Etiquetas: Bhagavan Sri Ramana Maharshi, ego, philosophy of Sri Ramana, practice taught by Sri Ramana, self-investigation (ātma-vicāra),Ulladu Narpadu, Upadesa Tanippakkal
Tradução: Blog "Texto Meditativo"
Dado que a mente está em constante mudança, nunca fica parada no aqui e agora, pelo contrário, é apanhada no fluxo constante da mudança, que está sempre em movimento do passado para o futuro. A única coisa que sempre fica parada no aqui e agora é "eu sou", porque nunca muda.
Portanto, se queremos estar no aqui e agora temos de prestar atenção apenas ao "eu sou", porque se em vez disso prestamos atenção à constante actividade e reactividade da mente, somos apanhados no fluxo de tempo que tudo muda do passado para o futuro.
Na realidade nunca experienciamos o tempo como tal, mas experienciamos apenas mudança (contra o fundo do sempre-presente e imutável "eu sou"), e a nossa experiência de mudança cria a aparência de tempo. Portanto, enquanto experimentarmos mudança estaremos enredados no tempo, e portanto a única maneira de transcender e tornar-se livre do tempo é atender apenas ao "eu sou". Como Sri Ramana diz no versículo 13 உபதேசத் தனிப்பாக்கள் (Upadēśa Taṉippākkaḷ) (que é a versão original do versículo que ele mais tarde modificou conforme o versículo 16 de Uḷḷadu Nāṟpadu):
நாமன்றி நாளேது நாநம்மை நாடாதுநாமுடலென் றெண்ணினமை நாளுண்ணு — நாமுடம்போநாமின்று சென்றவரு நாளென்று மொன்றதனானாமுண்டு நாளுண்ட நாம்.
nāmaḏṉṟi nāḷēdu nānammai nāḍādunāmuḍaleṉ ḏṟeṇṇiṉamai nāḷuṇṇu — nāmuḍambōnāmiṉḏṟu seṉḏṟavaru nāḷeṉḏṟu moṉḏṟadaṉāṉāmuṇḍu nāḷuṇḍa nām.
பதச்சேதம்: நாம் அன்றி நாள் ஏது? நாம் நம்மை நாடாது ‘நாம் உடல்’ என்று எண்ணில், நமை நாள் உண்ணும். நாம் உடம்போ? நாம் இன்று, சென்ற, வரு நாள் என்றும் ஒன்று. அதனால் நாம் உண்டு, நாள் உண்ட நாம்.
Padacchēdam (separação das palavras): nām aḏṉṟi nāḷ ēdu? nām nammai nāḍādu ‘nām uḍal’ eṉḏṟu eṇṇil, namai nāḷ uṇṇum. nām uḍambō? nām iṉḏṟu, seṉḏṟa, varu nāḷ eṉḏṟum oṉḏṟu. adaṉāl nām uṇḍu, nāḷ uṇḍa nām.
அன்வயம்: நாம் அன்றி நாள் ஏது? நாம் நம்மை நாடாது ‘நாம் உடல்’ என்று எண்ணில், நமை நாள் உண்ணும். நாம் உடம்போ? இன்று, சென்ற, வரு நாள் என்றும் நாம் ஒன்று. அதனால், நாள் உண்ட நாம், நாம் உண்டு.
Anvayam (palavras rearranjadas na ordem de prosa natural): nām aḏṉṟi nāḷ ēdu? nām nammai nāḍādu ‘nām uḍal’ eṉḏṟu eṇṇil, namai nāḷ uṇṇum. nām uḍambō? iṉḏṟu, seṉḏṟa, varu nāḷ eṉḏṟum nām oṉḏṟu. adaṉāl, nāḷ uṇḍa nām, nām uṇḍu.
Tradução: Excepto nós, onde está o tempo? Se [por causa de] não investigarmos a nós mesmos pensarmos que somos um corpo, o tempo vai engolir-nos. [Mas] nós somos um corpo? Nos tempos presente, passado e futuro somos sempre um. Portanto há [só] nós, nós que engolimos o tempo.
Em Tamil, a primeira frase deste versículo implica claramente que só nós realmente existimos, e que não existe o tempo ou qualquer outra coisa. No entanto, quando não investigamos, examinamos ou prestamos atenção a nós mesmos, o tempo e outras coisas parecem existir. Portanto, se não examinarmos a nós mesmos, iremos experienciar a nós mesmos como um corpo e assim o tempo (em particular na forma de morte) irá engolir-nos, mas se examinarmos a nós mesmos, iremos perceber que só nós existimos, e assim teremos engolido o tempo.
Como diz, "a mente não pode reconhecer uma realidade material se a sua natureza é diferente dessa realidade", ou melhor, ela não poderia reconhecer o que parece ser uma realidade material se a sua natureza fosse diferente dessa realidade aparente. Isto é expresso por Sri Ramana no versículo 4 de உள்ளது நாற்பது (Uḷḷadu Nāṟpadu):
உருவந்தா னாயி னுலகுபர மற்றாமுருவந்தா னன்றே லுவற்றி — னுருவத்தைக் கண்ணுறுதல் யாவனெவன் கண்ணலாற் காட்சியுண்டோகண்ணதுதா னந்தமிலாக் கண்.
uruvantā ṉāyi ṉulahupara maṯṟāmuruvantā ṉaṉḏṟē luvaṯṟi — ṉuruvattaikkaṇṇuṟudal yāvaṉevaṉ kaṇṇalāṯ kāṭciyuṇḍōkaṇṇadutā ṉantamilāk kaṇ.
பதச்சேதம்: ஊனே துன்னும் உருவம் தான் ஆயின், உலகு பரம் அற்று ஆம்; உருவம் தான் அன்றேல், உவற்றின் உருவத்தை கண் உறுதல் யாவன்? எவன்? கண் அலால் காட்சி உண்டோ? கண் அது தான் அந்தம் இலா கண்.
Padacchēdam (separação das palavras): uruvam tāṉ āyiṉ, ulahu param aṯṟu ām; uruvam tāṉ aṉḏṟēl, uvaṯṟiṉ uruvattai kaṇ uṟudal yāvaṉ? evaṉ? kaṇ alāl kāṭci uṇḍō? kaṇ adu tāṉ antam-ilā kaṇ.
அன்வயம்: தான் ஊனே துன்னும் உருவம் ஆயின், உலகு பரம் அற்று ஆம்; தான் உருவம் அன்றேல், உவற்றின் உருவத்தை யாவன் கண் உறுதல்? எவன்? கண் அலால் காட்சி உண்டோ? கண் அது தான் அந்தமிலாக் கண்.
Anvayam (palavras rearranjadas na ordem de prosa natural): tāṉ uruvam āyiṉ, ulahu param aṯṟu ām; tāṉ uruvam aṉḏṟēl, uvaṯṟiṉ uruvattai yāvaṉ kaṇ uṟudal? evaṉ? kaṇ alāl kāṭci uṇḍō? kaṇ adu tāṉ antam-ilā kaṇ.
Tradução: Se se é uma forma, o mundo e Deus assim serão também; se se não é uma forma, quem pode ver as suas formas, e como? Pode o que é visto ser de outra forma [em natureza] do que o olho [aquele que o vê ou experiencia]? O si-mesmo, [que é] esse olho, é [na verdade] o olho infinito [o "olho", ou consciência que não é limitada por qualquer forma].
Portanto, a fim de experienciar algo diferente de si mesma, a primeira pessoa (a mente ou ego) deve primeiro experimentar-se como uma forma, o que ela faz ao confundir-se a si mesma em ser um corpo físico. No entanto, ainda que agora se experiencie como a forma de um corpo, este ego na verdade não tem forma própria, por isso depende de formas para a sua aparente existência. Como Sri Ramana diz no verso 25 de உள்ளது நாற்பது (Uḷḷadu Nāṟpadu):
உருப்பற்றி யுண்டா முருப்பற்றி நிற்குமுருப்பற்றி யுண்டுமிக வோங்கு — முருவிட்டுருப்பற்றுந் தேடினா லோட்டம் பிடிக்கு முருவற்ற பேயகந்தை யோர்.
uruppaṯṟi yuṇḍā muruppaṯṟi niṟkumuruppaṯṟi yuṇḍumiha vōṅgu — muruviṭṭuruppaṯṟun tēḍiṉā lōṭṭam piḍikkumuruvaṯṟa pēyahandai yōr.
பதச்சேதம்: உரு பற்றி உண்டாம்; உரு பற்றி நிற்கும்; உரு பற்றி உண்டு மிக ஓங்கும்; உரு விட்டு, உரு பற்றும்; தேடினால் ஓட்டம் பிடிக்கும், உரு அற்ற பேய் அகந்தை. ஓர்.
Padacchēdam (word separation): uru paṯṟi uṇḍām; uru paṯṟi niṟkum; uru paṯṟi uṇḍu miha ōṅgum; uru viṭṭu, uru paṯṟum; tēḍiṉāl ōṭṭam piḍikkum, uru aṯṟa pēy ahandai. ōr.
அன்வயம்: உரு அற்ற பேய் அகந்தை உரு பற்றி உண்டாம்; உரு பற்றி நிற்கும்; உரு பற்றி உண்டு மிக ஓங்கும்; உரு விட்டு, உரு பற்றும்; தேடினால் ஓட்டம் பிடிக்கும். ஓர்.
Anvayam (words rearranged in natural prose order): uru aṯṟa pēy ahandai uru paṯṟi uṇḍām; uru paṯṟi niṟkum; uru paṯṟi uṇḍu miha ōṅgum; uru viṭṭu, uru paṯṟum; tēḍiṉāl ōṭṭam piḍikkum. ōr.
Tradução: Tomando forma, o ego-fantasma sem-forma surge; tomando forma permanece [ou perdura]; agarrando-se e alimentando-se da forma cresce [ou prospera] abundantemente; deixando [uma] forma, toma [outra] forma. Se procurado [examinado ou investigado], desaparece. Saiba [assim].
Portanto, para destruir a nossa presente ilusão de que somos a forma deste corpo, precisamos examinar a nós mesmos e assim descobrir o que este "eu" realmente é. Se fizermos isso, este ego, que agora parece ser "eu", vai "voar" e deixar de existir, após o que só o que é realmente "eu" permanecerá.
ॐ
Tradução: Blog "Texto Meditativo"
Sem comentários:
Enviar um comentário